Uma rosa azul estremece na nuca. Um dragão ondeia escamas sobre o peito. Um desenho tribal se fecha ao redor do bíceps. A pele jovem de uma grande display.
À flor da pele, com suas tatuagens, seus dizeres pintados, seus piercings, os adolescentes tentam nos dizer quem são. E nós, que os queremos tanto, nos debruçamos sobre essa linguagem cifrada, sobre seus gestos, e seus silêncios, buscando entender.
Nunca ouve tantos adolescentes no mundo. Segundo o último relatório do Fundo das Populações das Nações Unidas, que fixa as fronteiras entre 10 e 19 ano, são 1,2 bilhão. Nunca foram tão pobres. Mais de um terço deles vive com menos de dois dólares por dia. Nunca foram tão semelhantes. E nunca se diferenciaram tanto.
Os jovens já não estão metidos no mesmo saco. A adolescência foi a sua revolução francesa. Deposto o poder adulto, podem exercer sua individualidade. E individualidade, agora, é também escolher a tribo de sua eleição. Que algumas tribos sejam idênticas, consumindo idênticos produtos e produzindo idêntica linguagem. Não constitui problema, pelo contrário, acrescenta dimensão universal á independência.
A palavra display, no primeiro parágrafo da crônica, é de origem inglesa. No contexto em que aparece significa:
a) peça de tapeçaria caracterizada pelo acúmulo de desenhos;
b) cartaz ou material publicitário que emite uma mensagem;
c) disco que reúne músicas de vários ritmos;
c) grafite que apresenta um conjunto caótico de imagens.
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Alternativa D. Grafite que apresenta...
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