uma redação sobre racismo estrutural
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No dia 20 de novembro, comemora-se no Brasil o Dia Nacional da Consciência Negra. Essa data foi instituída como forma de exaltação étnica afrodescendente. No entanto, um século após a Constituição da República de 1988 criminalizar o racismo, ainda há preconceito no país. É imprescindível que o negro seja desassociado da camada social desprivilegiada, assim como livre da marginalização cultural.
Precipuamente, a estagnação dos negros no ponto mais baixo da escala socioeconômica brasileira não é atual. Esse fator tem suas origens na dificuldade de inserção social após a instauração da lei Áurea. Com isso, os ex escravos foram submetidos às péssimas qualidades de moradia como aos subempregos, visto que não possuíam dinheiro, formação profissional ou bens de valor.
Em segundo lugar, o filósofo Denis Diderot afirmava que- "A ignorância não fica tão distante da verdade quanto o preconceito". Há uma baixa presença de artistas negros nas mídias televisivas, assim como forte intolerância às músicas e tradições africanas, logo essas realidades sociais estão diretamente ligadas aos pré-conceitos e limitações do conhecimento. A cultura afro-brasileira deve ser difundida sem caráter pejorativo.
Diante disso, a população negra precisa ascender socialmente, assim como ser valorizada. Para tais soluções, cabe ao Governo melhorar o ensino básico público e facilitar o ingresso dos negros no ensino superior através da ampliação das cotas raciais, oferecendo então, mais chances de mobilidade social. As mídias visuais, por conseguinte, necessitam disseminar os valores afro com mais integrantes negros e mostras das diversidades étnico-culturais. Dessa forma, a herança africana será enriquecedora.
Racismo estrutural: maneira ainda mais branda e por muito tempo imperceptível, essa forma de racismo tende a ser ainda mais perigosa por ser de difícil percepção. Trata-se de um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas embutido em nossos costumes e que promove, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial. Podemos tomar como exemplos duas situações:
1º- O acesso de negros e indígenas a locais que foram, por muito tempo, espaços exclusivos da elite, como universidades. O número de negros que tinham acesso aos cursos superiores de Medicina no Brasil antes das leis de cotas era ínfimo, ao passo que a população negra estava relacionada, em sua maioria, à falta de acesso à escolaridade, à pobreza e à exclusão social.
2º- Falas e hábitos pejorativos incorporados ao nosso cotidiano tendem a reforçar essa forma de racismo, visto que promovem a exclusão e o preconceito mesmo que indiretamente. Essa forma de racismo manifesta-se quando usamos expressões racistas, mesmo que por desconhecimento de sua origem, como a palavra “denegrir”. Também acontece quando fazemos piadas que associam negros e indígenas a situações vexatórias, degradantes ou criminosas ou quando desconfiamos da índole de alguém por sua cor de pele. Outra forma de racismo estrutural muito praticado, mesmo sem intenção ofensiva, é a adoção de eufemismos para se referir a negros ou pretos, como as palavras “moreno” e “pessoa de cor”. Essa atitude evidencia um desconforto das pessoas, em geral, ao utilizar as palavras “negro” ou “preto” pelo estigma social que a população negra recebeu ao longo dos anos. Porém, ser negro ou preto não é motivo de vergonha, pelo contrário, deve ser encarado como motivo de orgulho, o que derruba a necessidade de se “suavizar” as denominações étnicas com eufemismos.
*acho que se você ler, você consegue resumir mais*