Uma redação sobre feminismo 25 linhas ou mais
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Há algumas décadas, era comum que a mulher estivesse associada apenas aos papéis de mãe, esposa e dona de casa. Através dos movimentos sociais ocorridos entre as décadas de 1970 e 1980, essa situação mudou: a mulher conquistou seu espaço no mercado de trabalho e na sociedade, passando a ter direitos políticos, por exemplo. Entretanto, apesar das conquistas, entre elas a Lei Maria da Penha, a mulher continua a sofrer diversos tipos de violência, decorrentes do pensamento machista e patriarcal que ainda são perpetuados na sociedade brasileira. Ainda que a violência física e sexual sejam as mais óbvias, são várias as formas como se pratica a violência contra a mulher. Um dessas formas é a violência psicológica, praticada através dos ideais de beleza impostos pela mídia e pela sociedade, os quais reificam o corpo feminino. Prova disso é que as mulheres ainda são utilizadas como objetos para a satisfação e admiração masculina em propagandas de cerveja, por exemplo. Outra forma de violência é a moral: mulheres continuam sendo assediadas no trabalho, nas ruas e nos transportes coletivos. Somada ao assédio no trabalho, está ainda a disparidade de salários entre homens e mulheres: dados do IBGE apontam que o salário da mulher pode chegar a ser 30% inferior ao de homens que ocupam o mesmo cargo. Já a violência sexual é justificada socialmente através da cultura de estupro, por meio da qual a culpa é atribuída a vítima. Dessa maneira, mulheres continuam sendo privadas de sua liberdade para vestir sair ou ser o que quiserem. Sendo assim, essas formas de violência, que muitas vezes passam despercebidas pela sociedade, são frutos de uma cultura machista que ainda prevalece no Brasil. Afinal, apesar de todas as conquistas que a mulher obteve e das leis que a protege, não houve quaisquer reformas que possibilitassem a quebra das estruturas que sustentam e justificam essas violências. Dessa forma, meninos continuam sendo educados para comandar a mulher enquanto meninas continuam sendo educadas para serem donas de casa. Esse modelo binário de educação de gênero é o principal fator que permite a persistência da violência contra a mulher. Nesse contexto, faz-se necessário mudar o pensamento machista sob o qual a violência se sustenta. Assim, em primeiro lugar, o Estado deve regular as propagandas que reificam o corpo feminino. Somado a isso, deve promover a igualdade entre os salários bem como deve garantir segurança das mulheres nos transportes coletivos e nas ruas, através de investimentos em segurança pública. Em segundo lugar, deve-se implementar nas escolas e universidades uma educação de gênero por meio da qual se desconstrua, paulatinamente o pensamento patriarcal.