Uma redaçao sobre drogas me ajudem
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Desde o início do século XXI, no Brasil, é exponencial o crescimento de indivíduos detidos por tráfico de drogas, segundo o Infopen (Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias). É indubitável que a pouca discussão acerca da legalização das drogas é um dos fatores responsáveis pela força que o setor tem dentro do território do país, já que, por sua ilicitude, a venda de drogas e seu consumo são feitos à margem das leis. Há, também, problemas jurídicos quanto à tipificação do crime de tráfico, os quais, cada vez mais, superlotam as prisões e têm efeitos quase nulos sobre o foco do problema. No âmbito educacional, apesar de existirem programas como o PROERD (Programa Educacional de Combate às Drogas e à Violência), não há programas efetivos que mudem a vivência de crianças e adolescentes que estão expostos a essa realidade nos focos de tráfico do país. Assim, o fato de a questão das drogas ser considerada um tabu impede debates mais aprofundados nas escolas sobre assuntos como a legalização delas, assim como já ocorreu em países com Portugal, o que certamente combateria a procura dos consumidores por substâncias ilícitas, porém consideradas mais leves, em locais dominados por traficantes e, consequentemente, pelo crime. Além disso, a Lei de Drogas, de 2006, que reformulou as penas destinadas a traficantes e a usuários, deixa muito tênue a diferenciação entre esses dois agentes. Desse modo, ao caber a decisão a cada juiz, subjetivamente, lota-se as prisões com usuários que pagam penas de traficante e, ainda, esperam a decisão judicial com prisões provisórias as quais chegam a durar mais que o tempo de prisão previsto. Logo, ações assim acabam prejudicando a segurança pública e sobrecarregando instituições que deveriam funcionar como aparato de ressocialização de traficantes e identificação e tratamento de dependentes químicos, exercendo o oposto. O problema se volta à sociedade à medida que haverá, assim, aumento do número de traficantes, aliciados por bandidos dentros das prisões, piorando a situação. Destarte, com o intuito de focar em uma mudança que seja imediatamente efetiva e possa diminuir a incidência de usuários de droga presos como traficantes, é necessário que o Legislativo elabore, por meio de uma emenda, melhores classificações em que se enquadrem usuários e traficantes, não deixando espaço para subjetividade excessiva que possa comprometer a pena prisional sob avaliação do juiz. É importante, também, que o Ministério da Educação proponha uma mudança por meio da modificação da grade curricular comum em que as drogas sejam mais discutidas em aulas interdisciplinares de biologia, química e sociologia, com o objetivo de criar o pensamento crítico nos jovens e evitar que sigam esse caminho.