Uma redação sobre : desafios de vencer a procrastinação.
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Na série televisiva “Os Simpsons” é mostrada Homer, um pai de família que está constantemente cansado e procrastinando em sua vida. Paralelamente, na realidade atual, esse quadro não é incomum em diversas famílias brasileiras, fruto tanto de uma sociedade que prioriza a produção, como, também, de uma desqualificação da saúde mental frente as outras áreas da sanidade corporal.
Em primeiro plano, devemos destacar a priorização da produtividade como a maior contribuidora para esse quadro de procrastinação. Segundo o filósofo Byn Chul Han nossa sociedade atual elege, como sentido da existência dos indivíduos, a produtividade. Assim, se cria um grande cansaço coletivo, levando grande parte da população ao esgotamento e a procrastinação. Consequentemente, cenários de falta de saúde mental são encontrados, ocasionados pelo baixo cuidado com o psicológico, gerando altos níveis de suicídios e depressão em sociedades desenvolvidas.
Cabe ressaltar o descrédito da saúde mental em comparação a outras áreas da saúde como mantenedora dessa infeliz realidade. No cotidiano médio brasileiro é comum notar desavenças e certo preconceito contra tópicos de humanas, devido a seu caráter muitas vezes acadêmico. A psicologia, ramo da saúde que se aproxima de matérias relacionadas a essas áreas acaba também por sofrer essa segregação. Com isso profissionais dessas áreas são colocados de lado, e consequentemente a saúde mental de grande parte da população é prejudicada, como pode ser visto no cansaço quase pandêmico.
Portanto, cabe ao estado brasileiro reverter esse quadro de procrastinação e desmotivação. Primeiramente, o Ministério da saúde deve, em caráter de urgência, criar um plano nacional de combate a essa realidade, através de verba disponibilizada pelo congresso, contratando e valorizando profissionais dessa área para atuarem em postos públicos. Em outra frente, urge ao ministério da educação ampliar canais entre a comunidade cientifica e a sociedade, através de redes sociais e meios digitais, acabando com essa mentalidade sobre ciências humanas. Então, o Brasil poderá viver uma realidade em que seus cidadãos possam conviver entre a produtividade e o bem estar.
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