História, perguntado por alessandraemily299, 7 meses atrás

uma poesia sobre economia familiar​

Soluções para a tarefa

Respondido por fernandotorquato07
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Aqui está a regra de ouro, o segredo da ordem:

ter um lugar para cada coisa

e ter

cada coisa em seu lugar. Assim arrumei minha casa.

Impecável prateleira a dos livros:

um compartimento para as novelas,

outro para o ensaio

e a poesia em tudo mais.

Se abres um armário sentes a alfazema

e não confundirás as toalhas de linho

com as que se usam cotidianamente.

E há também a louça de grande ocasião

e a outra que se usa, se quebra, se repõe

e nunca está completa.

A roupa em sua gaveta correspondente.

E os móveis guardando as distâncias

e a composição que os faz harmoniosos.

Naturalmente que a superfície

(do que seja) está polida e limpa.

E é também natural

que o pó não se esconda nos cantos.

Mas há algumas coisas

que provisoriamente coloquei aqui e ali

ou que deixei no lugar dos utensílios.

Algumas coisas. Por exemplo, um pranto

que não se chorou nunca;

uma nostalgia de que me distraí,

uma dor, uma dor da qual se apagou o nome,

um juramento não cumprido, uma ânsia.

Que se desvaneceu como o perfume

de um frasco mal fechado

e retalhos do tempo perdido em qualquer parte.

Isto me inquieta. Sempre digo: amanhã…

e logo esqueço. E mostro às visitas,

orgulhosa, uma sala na qual resplandesce

a regra de ouro que me deu minha mãe.

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