Uma paciente de 50 anos, com enfisema severo, é internada repetidas vezes em um mesmo hospital ao longo de vários anos, com piora progressiva do quadro. Numa ocasião, é trazida pelos filhos à emergência do hospital, com quadro gripal e dificuldade respiratória e é internada numa unidade convencional do hospital. No dia seguinte, seu quadro se agrava, com insuficiência respiratória grave necessitando do uso 3 de respirador, o qual, nesse hospital é restrito aos pacientes internados na UTI, devido às instalações e pessoais especializados necessários. O diagnóstico médico é H1N1. Havia apenas um leito vago na UTI, que é reservado para o atendimento de casos de emergência, e este leito não é de isolamento. O médico providenciava a internação da paciente neste leito da UTI, quando é informado pela enfermeira que um homem de 45 anos, com quadro de infarto agudo do miocárdio, deu entrada da emergência do hospital. Que decisão você tomaria?
Soluções para a tarefa
Bem, a situação, embora não seja confortável é muito comum nas emergências dos hospitais espalhados pelo país.
Eu, sem sombra de dúvida, deixaria o leito da emergência para o homem que teve o infarto.
Mas, por quê?
Vamos recapitular, a senhora já esteve diversas vezes, por vários anos, internada por enfisema com piora progressiva do quadro clínico.
Durante muito tempo, provavelmente foram realizados os mais variados exames e utilizados os tratamentos que a medicina conhece.
A doença que ela está no momento é a H1N1 doença infecto-contagiosa com alto grau de contaminação a terceiros necessitando, portanto de isolamento.
Se eu a internasse na UTI, o risco de contaminar o restante dos pacientes seria altíssimo.
Nesse caso, o melhor seria administrar aminofilina para aliviar a crise respiratória e transferi-la a outro hospital mais equipado.
A prioridade seria o cidadão com infarto, pois o quanto antes ser utilizado o oxigênio a lesão miocárdica isquêmica será reduzida, administrar AAS como antiagregante plaquetário e utilização de Nitratos como vasodilatadores.