Uma jovem professora recém-formada, leciona emduas escolas de ensino médio de sua cidade. Após osprimeiros meses no emprego, procurou o serviço defonoaudiologia de uma Unidade Básica de Saúde, poisseus alunos reclamam que não conseguem entender oque ela diz durante as aulas. Ela acredita que isso ocorreporque sua voz é fraca. A avaliação fonoaudiológicarevelou que ela não possui distúrbio orgânico decomunicação, porém sua fala caracteriza-se porarticulação com amplitude reduzida e velocidade de falaaumentada. Na anamnese, ela reconheceu que é umapessoa tímida e que sempre falou dessa forma, porémisso não lhe havia trazido problemas anteriormente.Além disso, referiu que os ambientes em que dá aula sãoruidosos e, quando tenta falar mais forte, sente fadiga.A partir do caso descrito, avalie as seguintes condutasa serem adotadas pelo fonoaudiólogo.I. Encaminhá-la ao serviço de psicologia, paraque possa enfrentar sua timidez, que é acausa principal de seu problema.II. Orientá-la quanto aos diferentes fatoresidentificados, que estão prejudicando a efetividadeda comunicação entre ela e seus alunos.III. Propor tratamento fonoaudiológico semanal,que priorize os problemas vocais, poisestudos indicam que o risco de professoresdesenvolverem disfonias é elevado.IV. Indicar acompanhamento por meio deprograma de aprimoramento da comunicação,de efetividade conhecida, que favoreça oaperfeiçoamento dos padrões de fala, voz elinguagem.V. Encaminhá-la para investigação neurológica,já que a redução da amplitude articulatória eda velocidade da fala são manifestações queocorrem com frequência nos quadros de disartria.É correto apenas o que se afirma emA II e IV.B I, III e IV.C I, III e V.D II, III e V.E I, II, IV e V.
#ENADE
Soluções para a tarefa
I. Encaminhá-la ao serviço de psicologia, para que possa enfrentar sua timidez, que é a causa principal de seu problema.
Falso. O fonoaudiólogo pode perceber, diante do caso que ele está diagnosticando, que não há necessariamente um problema psicológico, senão uma questão orgânica.
II. Orientá-la quanto aos diferentes fatores identificados, que estão prejudicando a efetividade da comunicação entre ela e seus alunos.
Correto. O profissional de fonoaudiologia deve explicar detalhadamente e orientar a professora sobre possíveis fatores de melhora nesta sua experiência em sala de aula.
III. Propor tratamento fonoaudiológico semanal, que priorize os problemas vocais, pois estudos indicam que o risco de professores desenvolverem disfonias é elevado.
Falso. Embora seja verdade que professores sofram de problemas vocais com frequência, esta não é a questão desta pergunta. O ponto aqui é outro.
IV. Indicar acompanhamento por meio de programa de aprimoramento da comunicação,de efetividade conhecida, que favoreça o aperfeiçoamento dos padrões de fala, voz e linguagem.
Correto. Averiguar qual seria o melhor protocolo terapêutico a ser adotado no caso da professora, informando-a dos passos a serem tomados a partir da consulta, para a efetivação do tratamento.
V. Encaminhá-la para investigação neurológica,já que a redução da amplitude articulatória e da velocidade da fala são manifestações que ocorrem com frequência nos quadros de disartria.
Falso. Não há necessidade disso, diante das informações fornecidas pela questão.
Estão corretas, portanto:
A. II e IV.