ENEM, perguntado por katia123wm7, 11 meses atrás

uma introducao sobre gavides na adolescência​

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Respondido por GiovanaGomesCa1
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Percepções e práticas de adolescentes grávidas e de familiares em relação à gestação

Celian Tereza Batista Lima, Katia Virginia de Oliveira Feliciano, Maria Francisca Santos Carvalho, Andréa Patrícia Pereira de Souza, Jacyana de Barros Correia Menabó, Laís Souza Ramos, Leila Faro Cassundé, Maria Helena Kovacs

Rev. bras. saúde matern. infant 4 (1), 71-83, 2004

OBJETIVOS: conhecer as percepções e práticas de adolescentes grávidas e de seus familiares em relação à gestação atual. MÉTODOS: estudo descritivo com 19 gestantes, de 10-19 anos que realizaram pré-natal nas unidades de saúde da família da ilha do Chié, em Recife, de agosto a setembro de 2002, e 14 responsáveis pelas adolescentes. Utilizaram-se dois instrumentos para coleta de dados e as questões abertas foram submetidas à análise de conteúdo. RESULTADOS: as adolescentes têm a mãe como responsável pelo cuidado (71, 5 por cento), iniciaram-se sexualmente com o namorado (73, 7 por cento), com idade entre 10-14 anos (52, 7 por cento), usando método contraceptivo (68, 4 por cento) e têm antecedentes reprodutivos (42, 1 por cento). Metade desejava a gravidez atual, 78, 5 por cento recebem apoio afetivo e financeiro do pai da criança e 57, 2 por cento da mãe. Antes de engravidar 10, 5 por cento não estudavam, nem trabalhavam, e atualmente 57, 9 por cento estão nessa condição. Suas responsáveis são mulheres, 21, 4 por cento analfabetas e 64, 3 por cento provem o sustento. Diante da gravidez das filhas sentiram alegria/satisfação (35, 7 por cento) e desgosto (28, 5 por cento), e 92, 9 por cento aceitaram o fato. CONCLUSÕES: a gravidez na adolescência nem sempre é percebida como um problema, o que reforça a importância da construção de estratégias de prevenção que considerem a realidade local.(AU)

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Este capítulo contextualiza as experiências de reprodução e parentalidade dos ovens, evidenciando a heterogeneidade dos perfis sociais principalmente quanto ao gênero e à classe social. O relato de gravidez antes dos 20 anos, entre as mulheres que haviam ultrapassado idade, variou entre 27, 7 por cento em Porto Alegre, 29, 0 por cento no Rio de Janeiro e 31, 3 por cento em Salvador. A pesquisa torna visível a experiência dos homens que na adolescência engravidaram suas parceiras: respectivamente 18, 4 por cento, 20, 6 por cento e 24, 4 por cento. Em Porto Alegre, as mulheres se iniciam mais cedo, utilizam mais freqüentemente a contracepção e engravidam mais tarde. Em Salvador, iniciando-se mais tarde, engravidam mais precocemente e recorrem mais ao aborto. As experiências sexuais e reprodutiva de homens e mulheres se aproximam mais no Sul e se distinguem mais no Nordeste, onde prevalecem as relações de gênero mais tradicionais. A baixa freqüência dos eventos reprodutivos antes dos 15 anos é consistente com os resultados de outros países, mas a pequena magnitude não retira sua importância pelo maior risco de complicações obstétricas. As mulheres engravidam de parceiros mais velhos. O primeiro episódio se dá em contexto estruturado quanto às relações de gênero: para somente 2, 5 por cento das mulheres e 14, 2 por cento dos homens a gravidez se deu com parceiro/a eventual. Há um relaxamento nas práticas contraceptivas nas relações estáveis, com discreto aumento do uso da pílula e queda acentuada do uso do preservativo masculino. Entretanto, a utilização da contracepção volta a aumentar após o nascimento do primeiro filho. A maternidade na adolescência implicou para 27, 6 por cento das mulheres a interrupção temporária dos estudos e para 18, 4 por cento esta foi definitiva. Contudo, 40, 2 por cento delas já se encontravam fora da escola antes de engravidarem. Argumenta-se que a maternidade adolescente (mas também a paternidade) deriva de um quadro complexo de determinante...

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