Uma foto, uma vida
POR MARCELO LEVITES
Um jovem estudante de radiologia, o israelense chamado Yehonatan Turner, teve a brilhante ideia de incluir fotos de pacientes (obviamente com o consentimento deles) nas telas dos computadores dos radiologistas quando estes iam fazer o laudo de exames como de Tomografia Computadorizada. A partir daí ele percebeu uma maior empatia por parte dos profissionais com as pessoas que iam fazer Raio-X, Tomografias e ressonâncias magnéticas.
O estudo, de 2008, mostrou que, ao verem as fotografias, os radiologistas passaram a ser mais meticulosos na forma como analisavam o exame. Os pacientes deixaram de ser apenas pernas, braços, cabeça etc. para terem uma identidade, um rosto. Turner resolveu fazer este estudo porque percebeu nos radiologistas – ele era um deles – isolamento e solidão. E, para ele, a forma impessoal de seu trabalho passou a mudar quando ele mesmo imaginava estar fazendo o exame no seu pai ou na sua avó.
O mais interessante do estudo é que uma simples fotografia mudou a abordagem dos profissionais que passaram a ver seus pacientes “como um ser humano, não como um caso de estudo anônimo”. Trazendo esta história para a nossa realidade percebo que muitas vezes deixamos de ver as pessoas como seres humanos e as tratamos como números. Isso quando não as percebemos como alguém que nos atrapalha e nos tira o lugar nosso por direito na fila, no trânsito, no transporte público etc.
Felizmente temos na nossa sociedade outros Turners que, vez ou outra, nos chacoalham e nos mostram que devemos enxergar as pessoas como realmente são: pessoas. Por isso, sugiro um exercício diário: trate as pessoas como se fossem seus pais ou avós. O mundo certamente ficará menos sombrio e escuro como são as salas dos exames para se tornar radiante e cheio de vida. Viva mais e melhor.
1.Sobre o texto como um todo, pode-se compreender corretamente que:
(A) valoriza a ciência pura em detrimento das relações interpessoais, sejam elas de que natureza forem.
(B) compara a atuação de profissionais de saúde quando tratando pessoas desconhecidas e seus parentes, considerando esta atuação mais eficaz que aquela.
(C) mostra que os profissionais da área da saúde jamais devem confundir seus pacientes com seus parentes, o que, indiscutivelmente, prejudicaria a clareza e a acurácia em sua atuação profissional.
(D) prova, por meio da apresentação de resultados cientificamente comprovados, que os médicos podem e devem tratar de seus parentes mais próximos, como pais e avós, cuidando deles como se fossem pacientes desconhecidos.
(E) apresenta uma medida simples, que é a inclusão de fotografias de pacientes juntamente com seus exames de imagem, que pode levar a melhorias na atuação de profissionais da área de saúde ao analisarem exames desses indivíduos.
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Resposta:
acho que é a letra D não tenho certeza
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