Uma das principais teorias sobre a relação ética com o ambiente seria a da Ecologia Profunda. Nela os pensadores imaginaram uma relação sem hierarquias entre homem e natureza. Neste desafio, propomos que seja redigido um breve texto que evidencie se seria possível e como seria essa relação, na aplicação de uma teoria tão distinta das práticas atuais. Para esse desafio você deverá: 1. trabalhar os princípios básicos da Ecologia Profunda (não hierarquia, não apropriação, não exploração, igualdade e descentralização). 2. dialogar com o momento presente. Escreva sua resposta no campo abaixo:
Soluções para a tarefa
Resposta:
Os oito princípios da ecologia profunda podem ser entendidos da seguinte forma:
O bem estar e o florescimento da vida humana e não humana;
A pluralização e a diversidade como formas de contribuírem para o desenvolvimento do mundo;
A prosperidade da vida humana;
A necessidade de combater a excessiva situação de desgaste ambiental;
A mudança ideológica no que tange a qualidade de vida, ou seja, buscar melhorias;
A mudança nas políticas passadas;
E por fim, a obrigação daqueles que desenvolvem os princípios em implementar mudanças necessárias.
Explicação:
Para ser mais exato, o combate à pobreza vai além apenas do reflorestamento e do combate a poluição; É importante preservar os locais urbanos, como as favelas, morros, e localidades segregadas onde o acúmulo de detritos vem sendo cada vez maior, e, essas medidas devem ser tomadas a partir das políticas públicas que cuidam desses locais.
Resposta:
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
Uma relação sem hierarquias entre homem e natureza, primeiramente, consistiria numa metafísica de inter-relação, ou seja, numa função das relações do indivíduo em questões com outros indivíduos , que implicaria numa não elevação do homem a qualquer estatuto moral face aos demais indivíduos e à natureza, com a qual coexiste, e que assim traria uma plena paridade no que diz respeito às possibilidades de viver e se constituírem como tal, tratando-se mesmo de uma igualdade difundida aos habitantes da Terra, independente, como dito, do nível ontológico em que se encontram.
Assim, não há uma função de apropriação, mas sim de relação entre os seres, princípio este que consideramos como uma mudança ou tentativa de mudança das ordens de hierarquia do conhecimento e da moral, difundidos a partir da modernidade. Não podendo os homens obterem qualquer privilégio nesta fórmula que busca dar possibilidades iguais de vida com a natureza. Encontram-se também princípios que passam por uma igualdade dentro da vivência na biosfera: os valores de diversidade e simbiose, nas quais existe uma condição homogênea de possibilidades de evolução a cada espécie. Junto a uma ideia de diversidade, um outro princípio se impõe: o da exaltação das diferenças não ecológicas, no sentido de não permitir uma superação, por resultado, que não seja de ordem mútua e natural, mas que verse sobre a exploração de um grupo por outro.
A esses fatores soma-se também o combate à poluição, que não pode ser considerado como característica exclusiva da Ecologia Profunda, mas unido à ideia de complexidade, tenta mostrar a impossibilidade do cálculo quanto às influências causadas de um sistema noutro, retomando o pensamento anterior de igualdade ontológica entre os seres. Assim, podemos pensar na ideia de descentralização que busca evidenciar o efeito que uma ação sobre sistemas ecologicamente estáveis e harmoniosos sofre, se recebem influência do exterior. Quanto mais externos forem os ataques a essa ordem, maior será a possibilidade do seu fim, destacando-se a necessidade de um equilíbrio, que poderia existir, se fosse respeitada a autonomia local de cada sistema, sendo esse mais um princípio da Ecologia Profunda.
Essas características de tal teoria entendem que não há divisões individualísticas entre o homem e a natureza, pois, se considerarmos a existência, sendo necessariamente de uma relação, a natureza estaria para o homem a partir do momento em que houvesse essa interação no existir. Nesse sentido, o próprio homem veria-se nessa evolução, que ocorre no decorrer de sua vida, alargando seu círculo de identificação, indo para além de conhecer o seu raio familiar e cultural, para encontrar então a humanidade e se realizar com a percepção que tem do ambiente, do qual ele próprio faz parte - expressão na qual o "eu" não é, de modo algum, uma entidade fixa, mas sim uma entidade cultivada.
Explicação: