Uma das principais questões que assolam o pensamento ético universal seria aquela que está ligada aos encontros entre diferentes culturas em países diferentes. Nesse sentido, propomos a construção de um texto que discuta a ideia de hospitalidade incondicional de Derrida, ou seja, uma hospitalidade sem limites, excessiva e "irracional", dentro de um encontro entre culturas distintas. Nesse sentido, sugerimos que seja discutido o caso do uso de burca em países como a França, onde esse uso foi proibido.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A questão da hospitalidade, tal qual é vista por Derrida, quer de alguma maneira romper com um regramento que antecede o acolhimento do humano. Assim, poderíamos dizer, para além do jurídico e para além do político. Esse ensinamento, portanto, de que o humano deve ser recebido antes de suas colorações políticas, raciais e jurídicas, nos dá a pensar se, de fato, quando o estrangeiro chega, ele é recepcionado, ou ao contrário, ele perde sua identidade? Essa discussão é importante pois se alia à ideia de construção de uma sociedade multicultural. E o conflito que aparece nesse caso seria o de qual o caminho a ser tomado quando vislumbramos uma antinomia entre a lei do país e a singularidade daquele que vem.
Nesse sentido, segundo Derrida, o humano que vem deve ser recebido sem restrições. Sem que seja ele obrigado uma adequação à cultura que o recepciona. Isso fundado na ideia, que já explicitamos, de que a hospitalidade tem que ser incondicional, senão não seria realmente uma hospitalidade. Assim, se acompanhamos o pensamento desse autor, fica claro que a lei que não permite o uso da burca em espaços públicos, se choca com a ideia derridiana. Ora, essa proibição aflige a humanidade daquele estrangeiro que professa uma fé distinta da local. Essa hospitalidade estaria mais próxima da hospitalidade condicional dita por Kant, uma hospitalidade que aparece "depois" de cumpridas as regras jurídicas.
O pensamento, que apresentamos aqui, procura encontrar uma luz para as relações entre as culturas distintas, tentando nutrir de ética os encontros entre as concepções distintas de ser humano. Sem que antes destas culturas estejam os interesses políticos e jurídicos. Seria o mesmo dizer que o encontro ético seria apenas aquele no qual a singularidade está para além da regra. Incondicional, portanto.
Resposta:
A questão da hospitalidade, tal qual é vista por Derrida, quer de alguma maneira romper com um regramento que antecede o acolhimento do humano. Assim, poderíamos dizer, para além do jurídico e para além do político. Esse ensinamento, portanto, de que o humano deve ser recebido antes de suas colorações políticas, raciais e jurídicas, nos dá a pensar se, de fato, quando o estrangeiro chega, ele é recepcionado, ou ao contrário, ele perde sua identidade? Essa discussão é importante pois se alia à ideia de construção de uma sociedade multicultural. E o conflito que aparece nesse caso seria o de qual o caminho a ser tomado quando vislumbramos uma antinomia entre a lei do país e a singularidade daquele que vem.
Nesse sentido, segundo Derrida, o humano que vem deve ser recebido sem restrições. Sem que seja ele obrigado uma adequação à cultura que o recepciona. Isso fundado na ideia, que já explicitamos, de que a hospitalidade tem que ser incondicional, senão não seria realmente uma hospitalidade. Assim, se acompanhamos o pensamento desse autor, fica claro que a lei que não permite o uso da burca em espaços públicos, se choca com a ideia derridiana. Ora, essa proibição aflige a humanidade daquele estrangeiro que professa uma fé distinta da local. Essa hospitalidade estaria mais próxima da hospitalidade condicional dita por Kant, uma hospitalidade que aparece "depois" de cumpridas as regras jurídicas.
O pensamento, que apresentamos aqui, procura encontrar uma luz para as relações entre as culturas distintas, tentando nutrir de ética os encontros entre as concepções distintas de ser humano. Sem que antes destas culturas estejam os interesses políticos e jurídicos. Seria o mesmo dizer que o encontro ético seria apenas aquele no qual a singularidade está para além da regra. Incondicional, portanto.
Explicação: