Uma das principais características do " novo imperialismo "
Soluções para a tarefa
O imperialismo possui dois sentidos principais: um relacionado com o âmbito da política econômica e outro relacionado com o processo de expansão das potências europeias na virada do século XIX para o século XX.
No que se refere ao âmbito da política econômica, o imperialismo foi caracterizado pelo momento em que o capital industrial fundiu-se com o capital financeiro. Mas como isso ocorreu? Os bens que a indústria passou a produzir em massa, no século XIX, como maquinários, tecidos, artigos de vestuário etc, passaram a compor o que se denomina de “capital industrial”.
Para que esses produtos (de larga abundância) pudessem ser vendidos com maior precisão e para que o lucro obtido com a venda pudesse girar com maior fluidez, os bancos e bolsas de valores, isto é, as instâncias responsáveis pelas finanças e pela relação entre o valor do que se produz e sua correspondência em dinheiro (moeda corrente) ou títulos, tiveram que interagir com a indústria e fomentá-la.
Essa interação potencializou as indústrias das nações europeias, que, na segunda metade do século XIX, também passavam por grandes transformações políticas com a ascensão do nacionalismo. Essas nações começaram a competir entre si, tanto no âmbito econômico quanto no âmbito político, e dessa competição resultou a demanda por matérias-primas, para alimentar a indústria, mão de obra barata (para o mesmo objetivo) e mercado consumidor para o escoamento dos produtos e a movimentação financeira.
Essa demanda lançou as nações europeias aos continentes africano e asiático com vistas à extensão de seus domínios. Esse processo também é conceituado como imperialismo, mas recebe outra denominação específica, Neocolonialismo, para que haja um diferenciação com o Colonialismo dos séculos anteriores, iniciado no século XVI no continente americano.
Desse Neocolonialismo imperialista resultou, também, o fenômeno da “Partilha da África”, que consistiu na divisão do território do continente africano entre as nações europeias. Um dos casos mais intrigantes dessa “partilha” foi o do Congo, que ficou sobre posse da Bélgica. Entretanto, enquanto as outras nações transformaram as terras africanas em extensões de seus impérios, o rei Leopoldo II, da Bélgica, transformou o Congo em sua propriedade privada, promovendo uma série de atrocidades nesse lugar.