Sociologia, perguntado por bussantonio950, 7 meses atrás

Uma das principais características da Revolução Industrial refere-se à exploração do trabalho. Léo Huberman, na obra “História da Riqueza do Homem”, assinalou a fortuna produzida pelos trabalhadores nesse contexto. Vejamos um trecho: “toda estatística durante a Revolução Industrial na Inglaterra mostrava progressos tremendos. A produção de algodão, ferro, carvão, de qualquer mercadoria, multiplicou-se por dez. O volume e o total de vendas, os lucros dos proprietários - tudo isso subiu aos céus”.
No entanto, engana-se quem pense que os operários compartilhavam dessa riqueza: “Mais de um milhão de seres humanos estão realmente morrendo de fome, e esse número aumenta constantemente uma nova era na história que um comércio ativo e próspero seja índice não de melhoramento da situação das classes trabalhadoras, mas sim de sua pobreza e degradação: é a era a que chegou a Grã-Bretanha”.
Nesse sentido, o autor aponta a seguinte contradição: enquanto a maioria da população trabalhava exaustivamente, de outro lado, algumas pessoas que nunca sujaram as mãos com o trabalho, não obstante faziam as leis e dominavam a população, mantendo os seus privilégios.
Assim, a divisão entre ricos e pobres era evidente, e esse abismo não era novo. Mas com a chegada das máquinas e do sistema fabril, a linha divisória se tornou mais acentuada ainda. Os ricos ficaram mais ricos e os pobres, desligados dos meios de produção, mais pobres. As máquinas, que poderiam tornar mais leve o trabalho, na realidade o fizeram pior. Eram tão eficientes que tinham de fazer sua mágica durante o maior tempo possível. Para seus donos, representavam tamanho capital que não podiam parar.
Os dias de trabalho eram longos, de 16 horas. Para você ter uma ideia, os fiandeiros de uma fábrica próxima de Manchester trabalhavam 14 horas por dia numa temperatura de 26 a 29°, sem permissão para beber água. Estavam sujeitos às penalidades e multas! Uma situação muito difícil e desumanizante!
E quanto à situação das mulheres e das crianças, como podiam cuidar das máquinas e receber menos que os homens, deram ao trabalho. A princípio, os donos de fábricas compravam o trabalho das crianças pobres, nos orfanatos. As crianças que tinham casa também foram obrigadas a trabalhar nas fábricas e minas, dados os baixos salários dos pais.
Em linhas gerais, abordamos os problemas do século XIX, consequências da Revolução Industrial. Identificamos as condições de trabalho nesse contexto, lembrando que reflexões sobre o trabalho e as mudanças causadas pela modernidade são temas muito caros às teorias sociológicas
Leia o texto e responda:



Fazendo uma análise do texto, explique quais reflexos causados pela chegada das máquinas nas industrias em que isso repercutiu?

Soluções para a tarefa

Respondido por daniellebixcoito
1
Olá!

Com a chegada da Revolução Industrial tivemos mudanças sociais, econômicas e políticas.
O primeiro ponto a se destacar é o avanço tecnológico onde começou a se usar maquinarias para a realizações de processos que antes eram manuais, assim como uma produção mais acelerada. Além disso, as jornadas de trabalho eram longas e desumanas, após anos isso foi concertado e teve a redução da jornada de trabalho é um reajuste salarial. Dessa forma, também tinham crianças trabalhando em situações insalubres, após um tempo foi proibido o trabalho infantil o que foi um ponto positivo. Essa repercussão também fez com que tivesse um Êxodo rural levando muitos camponeses a virem para as cidades em busca de empregos nas fábricas.
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