Uma das conclusões mais inquietantes a que melevou o ato de pensar sobre os novos países e seusproblemas é que tal pensamento é muito mais eficaz paraexpor os problemas do que para encontrar soluções paraeles. Há um aspecto de diagnóstico e um lado terapêuticoem nossa preocupação científica com essas sociedades,e o diagnóstico parece, pela própria natureza do caso, serinfinitamente mais rápido do que o remédio. Portanto, umdos resultados de períodos muito longos e intensos depesquisa cuidadosa é, em geral, uma compreensão muitomais aguçada de que os novos países estão em umaespécie de beco sem saída. O sentimento trazido por essetipo de recompensa pelo trabalho árduo é o que imaginoem Charlie Brown quando (...) Lucy lhe diz: "sabe qual éo problema com você, Charlie Brown? O problema é quevocê é você". Após um quadrinho de reflexão muda sobrea irrefutabilidade dessa observação, Charlie pergunta:"bem, e o que é que eu posso fazer?". E Lucy responde:"Não dou conselhos, apenas aponto a raiz do problema". Araiz do problema nos novos países é profunda e, não raro,a pesquisa social de pouco serve senão para demonstrarsua exata profundidade.Considerando a problemática apresentada por Geertz noexcerto acima, analise as afirmações que se seguem.I. A pesquisa científica de natureza histórica, nacontemporaneidade, tem como objetivo centralfomentar a produção da verdade sobre um dadoacontecimento, devendo o historiador ter comonorteamento lógico, no cômputo geral de seuestudo, a compreensão da totalidade daquiloque descreve.II. Atualmente, as ilusões quanto às possibilidadesconcretas de historiadores ou cientistas sociaisapontarem soluções para as grandes questõesem que as nações estão imersas encontram-senão apenas diluídas, mas deixaram de nortear osestudos/textos realizados por estes.III. Uma propositura interessante para os estudosnos campos da pesquisa e do ensino de Históriadeve considerar como central o mimetizar dasexperiências dos mais distintos grupos sociaise sociedades, haja vista a urgência de secompreendê-lo como campo próprio de açãopossível ao historiador.É correto o que se afirma emA I, apenas.B II, apenas.C I e III, apenas.D II e III, apenas.E I, II e III.
#ENADE
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D. II e III, apenas.
Somente a assertiva I é incorreta, visto que a pesquisa científica de natureza histórica não tem como objetivo central na atualidade a produção da verdade sobre um dado acontecimento, levando em conta a totalidade do fato por parte do historiador.
O historiador deve levar em conta diferentes aspectos para a pesquisa científica, como por exemplo as experiências daquele grupo no qual é o seu objeto de estudo.
Além disso, pode realizar estudos com grupos distintos a fim de enriquecer o trabalho. Lembrando que isso é apenas uma sugestão como aponta a assertiva III.
Abraços!
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