uma crônica sobre feminicido
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A perseguição ao sexo feminino tem sido uma constante e, como resultado, a morte de muitas de nós, por homens que se acham superiores, donos da vida e da morte das mulheres. Necessariamente, não precisa somente ser esposa, companheira, namoradora... Basta que alguma mulher lhe cause interesse – desejo ou raiva - para alimentar na sua mente a vontade de tê-la e abusar do seu corpo, antes de feri-la mortalmente, na maioria dos casos.
Esse é um crime classificado como hediondo no Brasil. Dados estatísticos oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no período de 2001 a 2011, estima-se que ocorreram mais de 50 mil feminicídios, o que equivale a, aproximadamente, 5.000 mortes por ano. Acredita-se que cerca de 40% destes óbitos foram decorrentes de violência doméstica e familiar contra a mulher, cujos algozes eram os homens que diretamente se relacionavam com essas.
Portanto, pode-se afirmar que todos os dias cerca de 15 mulheres são mortas no país. Sendo as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte as que apresentaram as taxas de feminicídios mais elevadas, respectivamente, 6,90, 6,86 e 6,42 óbitos por 100.000 mulheres, no período pesquisado.