História, perguntado por isabellydesousasousa, 3 meses atrás

Uma constelação de povos A falta de dados mais precisos impede afirmar com certeza quantas pessoas habitavam o atual território brasileiro à época da chegada dos portugueses. As cifras variam de 1 milhão a até 8,5 milhões. Segundo alguns especialistas, no século XVI esses nativos dividiam-se em mais de mil povos, com crenças, hábitos, costumes e formas de organização específicos. Eles falavam cerca de 1 300 línguas distintas, a maioria delas agrupadas em dois troncos linguísticos principais, o tupi e o macro-jê. Entre os principais povos Tupi encontravam-se os Guarani, os Tupinambá, os Tabajara, os Carijó e os Tamoio. Esses povos ocupavam praticamente toda a atual costa brasileira, desde o Ceará até o Rio Grande do Sul. Já os do tronco linguístico macro-jê encontravam-se predominantemente nos cerrados, como ocorria com os Bororo e os Carajá, por exemplo. Os Tupi costumavam chamar todas essas populações de tapuias, palavra genérica e de sentido pejorativo usada para designar os povos que falavam línguas diferentes da deles. A maioria dos colonizadores que aqui chegaram a partir de 1500 viveu no litoral em razão das dificuldades de avançar em direção ao interior. Assim, a maior parte das informações a respeito das sociedades indígenas daquele período refere-se sobretudo aos Tupi, com os quais os portugueses travaram maior contato. Eram eles que chamavam o território em que viviam de Pindorama, que quer dizer “Terra das Palmeiras”. A quantidade de relatos sobre os povos indígenas do interior é bem menor. Entre eles, podemos citar os do padre capuchinho francês Martinho de Nantes, que, no século XVII, viveu entre os Cariri, no atual território paraibano, e o do viajante holandês Joan Nieuhof (1618-1672), que também no século XVII conheceu os índios Tarairiú, no Sertão nordestino. Por meio de textos como esses é possível recuperar informações valiosas a respeito dos hábitos e costumes de alguns povos indígenas do interior. Um trabalho de resgate mais consistente da vida e do cotidiano dos povos indígenas, no entanto, só começou a se verificar a partir do final do século XIX, quando alguns especialistas iniciaram pesquisas etnológicas com os povos nativos. Porém, nessa época, muitas etnias já estavam extintas e outras se encontravam em vias de extinção. Hoje, vivem no Brasil cerca de duzentos povos indígenas, cada qual com seus hábitos e costumes próprios (ver seção Passado presente a seguir). Na seção Patrimônio e diversidade, na página 21, conheceremos os Wajãpi, povo que vive no estado do Amapá e realiza uma pintura corporal reconhecida mundialmente. Azevedo, Gislane Campos História em movimento / Gislane Campos Azevedo, Reinaldo Seriacopi. – 2. ed. – São Paulo: Ática, 2013. Através da leitura do texto "Uma constelação de povos", identifique o que ouve com a população indígena ao longo do tempo, o nome de duas etnias indígenas de cada tronco linguístico e o porque de se ter mais informações acerca das etnias falantes do Tupi * ajudemmmm !!!​

Soluções para a tarefa

Respondido por gustavolopespe94
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Resposta:

Letra A)

Explicação:

cerca de 3,5 milhões de índios habitavam o Brasil na época do Descobrimento. Dividiam-se em quatro grupos lingüístico-culturais: Tupi, Jê, Aruaque e Caraíba. Naquela ocasião, os Tupis acabavam de ocupar o litoral, expulsando para o interior as tribos que não fossem Tupis. Portanto, manter relações de amizade e aliança com o grupo dominante passou a ser fundamental para os conquistadores europeus.

As tribos tupis eram formadas por indivíduos cujas aldeias ocupavam uma área contígua, falavam a mesma língua, tinham os mesmos costumes e possuíam um sentimento de unidade. Não existia uma autoridade central na tribo. Cada uma das aldeias constituía uma unidade política independente, com um chefe que não se distinguia dos demais homens: caçava, pescava e trabalhava na roça como qualquer um. Só em caso de guerra o comando era entregue ao morubixaba. Havia ainda um chefe para as cerimônias religiosas, que tinha grande influência sobre o grupo; ele era também o curandeiro da tribo, cuidando dos doentes com ervas medicinais e magia. Não havia nem escravos e nem uma camada dominante, pois as técnicas rudimentares forçavam todos a trabalhar igualmente. A esse tipo de organização social dá-se o nome de comunidade tradicional.

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