Uma cidade de aparência européia
O centro do Rio de Janeiro, no início do século XX, sofreu transformações que alteraram completamente a fisionomia da cidade. A Avenida Central tornou-se um cartão-postal que copiava Paris, a capital francesa. A cidade havia sido reurbanizada e o seu centro era vitrine que demonstrava, aos olhos estrangeiros, que o país havia assimilado por completo os padrões estéticos europeus.
As fachadas dos prédios da avenida ostentavam mármore e cristal entre os seus materiais e a eletricidade iluminava as ruas e as lojas de artigos finos e importados. No carnaval, a avenida era tomada pelos carros abertos, onde desfilavam pierrôs e colombinas, à moda do carnaval da cidade de Veneza, na Itália.
O lado brasileiro da cidade
Mas o centro do Rio de Janeiro não foi sempre assim. Antes disso, até o final do século XX, a Avenida Central (hoje Avenida Rio Branco) não existia. Em seu lugar havia antigos casarões do período imperial, lembranças do tempo em que o Brasil era governado por D. Pedro II.
Nesses antigos casarões vivia, amontoada em cômodos de aluguel, uma população formada principalmente por ex-escravos e seus descendentes, exercendo ocupações precárias e temporária, além de trabalhos relacionados ao transporte das mercadorias no porto.
A presença dessa população pobre no centro da cidade, numa ocupação densa e desordenada, combinada às precárias condições sanitárias, fazia com que fossem comuns as epidemias. Entre elas, as mais recorrentes e preocupantes para as autoridades sanitárias eram a febre amarela e a varíola
1) como era o centro do Rio de janeiro no século XXIX?
Soluções para a tarefa
Resposta:
A escolha do Rio de Janeiro, que abrigaria a família real e sua corte, seguiu critérios importantes, segundo o professor Nireu Cavalcanti: “Era a cidade brasileira mais populosa e mais importante economicamente. Possuía rica elite de comerciantes e uma indústria naval capaz de construir grandes navios. Era dotada de razoável sistema de defesa, abrigava o maior contingente militar das diversas capitanias e era uma das sedes da esquadra da Marinha de Guerra portuguesa no Brasil”.
A prioridade do governo de Lisboa, focado na segurança, erguendo fortificações desde o tempo da fundação da cidade (e mesmo antes, ao enfrentar a ação de piratas e contrabandistas), impedia que as administrações construíssem prédios com uma configuração mais luxuosa, como, por exemplo, a moradia para os vice-reis, a Casa da Moeda e a Câmara de Vereadores. Isso explica, pelos idos da primeira década do século XIX, a ausência no Rio de Janeiro de “belezas arquitetônicas”, segundo palavras do arquiteto Nireu Cavalcanti.
Explicação: