Uma breve explicação sobre o texto: "Como é ser um morcego?" de Thomas Nagel.
Não entendi nada deste texto. Obrigado pela ajuda.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A consciência é o que torna o problema mente-corpo realmente intratável. Talvez seja por isso que as discussões atuais dão tão pouca atenção ou tratam o problema de forma enviesada. A recente onda de euforia reducionista produziu diversas análises do fenômeno mental, assim como conceitos mentais que ensaiavam explicar a possibilidade de algumas variações de materialismo, identificação psicofísica ou reducionismo2. Mas os problemas em causa são os mesmos deste ou de outros tipos de reducionismo, e o que torna o problema mente-corpo realmente único - diversamente do problema da relação entre a água e a fórmula H2O; da máquina de Turing/ máquina da IBM; do problema do relâmpago/da descarga elétrica, o problema do gene/do DNA ou o problema da árvore de carvalho/hidrocarbono - continua sem resposta.
Cada reducionista tem sua analogia favorita na ciência moderna. E é improvável que qualquer um dos exemplos não relacionados de redução bem sucedida ilumine um pouco melhor a relação da mente com o cérebro. Mas os filósofos compartilham da fraqueza de toda a espécie humana por explicações do que é incompreensível em termos próximos ao que é familiar e bem compreendido, mesmo que completamente diferentes. Isso conduziu à aceitação de resultados implausíveis da realidade mental, porque permitiam tipos familiares de redução. Eu tentarei explicar porque os exemplos usuais não nos auxiliam a compreender a relação entre a mente e o corpo - por que, na verdade, nós ainda não concebemos como poderia ser uma explicação de natureza física de um fenômeno mental. Sem a consciência, o problema mente-corpo seria muito menos interessante. Com a consciência ele parece impraticável. O traço mais importante e característico dos fenômenos mentais conscientes fica compreendido de forma muito pobre. Muitas teorias reducionistas nem mesmo tentam explicá-lo. E um exame cuidadoso mostrará que não existe uma concepção de redução aplicável ao caso. Talvez fosse viável imaginar um novo modelo teórico com este propósito, mas esta solução, se existir, jaz num distante futuro intelectual.