Um terreirinho descalvado rodeia a casa. O mato o beira. Nem árvores frutíferas, nem horta, nem flores – nada revelador de permanência. Há mil razões para isso; porque não é sua a terra; porque se o “tocarem” não ficará nada que a outrem aproveite; porque para frutas há o mato; porque a “criação” come; porque… – “Mas, criatura, com um vedozinho por ali… A madeira está à mão, o cipó é tanto…” Jeca, interpelado, olha para o morro coberto de moirões, olha para o terreiro nu, coça a cabeça e cuspilha. – “Não paga a pena”. Todo o inconsciente filosofar do caboclo grulha nessa palavra atravessada de fatalismo e modorra. Nada paga a pena. Nem culturas, nem comodidades. De qualquer jeito se vive. LOBATO, Monteiro. Urupês. In: Urupês, 1918. Disponível em: Acesso em: 24 maio. 2020. A produção adulta de Monteiro Lobato tem como principal marco a publicação da coletânea de contos intitulada “Urupês”, a qual nos apresenta um dos personagens mais famosos da literatura brasileira: Jeca Tatu. Sobre isso, analise as alternativas a seguir e assinale a correta. Alternativas Alternativa 1: A obra "Urupês" ocupa-se em criticar as mazelas sociais advindas do capitalismo, sendo, portanto, uma obra de cunho marxista. Alternativa 2: Os contos de "Urupês" têm como principais marcas o saudosismo e a construção de uma imagem idealizada do povo brasileiro. Alternativa 3: A influência do Determinismo de Comte é verificada na construção de Jeca Tatu enquanto um sujeito que supera as dificuldades do seu meio e evolui. Alternativa 4: Monteiro Lobato constrói Jeca Tatu enquanto estereótipo do caboclo brasileiro enquanto um sujeito subdesenvolvido, preguiçoso e desprovido de inteligência. Alternativa 5: Jeca Tatu simboliza a esperança no futuro brasileiro por não se corromper com a cultura europeia, preservando os valores pátrios a partir de seus costumes simples.
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Resposta:Acredito ser a Alternativa 4
Explicação:pagina 192 do material
johnykusdra:
Se confirma a resposta:
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Resposta:
Alternativa 4
Explicação:
O seu Jeca Tatu, cheio de vermes, preguiçoso, repleto de crendices, sem nenhuma inclinação ou apreço ao trabalho braçal, nada tem do herói nacional idealizado no romantismo, mas é apresentado como o fiel retrato do descaso do governo com a população do campo. (p.193)
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