Português, perguntado por otrueblood29q, 8 meses atrás

um resumo
uma característica
e um contexto história sobre a obra A cidade e as serras de Eça de Queiroz

Soluções para a tarefa

Respondido por andrerlzr
2

Olá, tudo bem?

vou deixar o resumo por último por ser muito grande, ok?

1- Uma característica:

R_ marca a reconciliação do escritor com a sociedade portuguesa, depois de obras polêmicas como O Crime do Padre Amaro e Primo Basílio. Na narrativa é possível identificar a comparação entre campo e cidade assim como a elite e a classe trabalhadora

2- Contexto da historia:

R_ A exaltação do campo também pode ser entendida como uma crítica à sociedade urbana de Portugal, que era extremamente influenciada pelos hábitos franceses.

3- Resumo:

R_  A narração tem início com a apresentação de Jacinto e sua família. De origem portuguesa, Jacinto vive em Paris.

Seu avô (Jacinto Galião) havia deixado Portugal para viver na França quando D. Miguel (irmão de D. Pedro I) mudou-se para a França.

O avô de Jacinto tinha grande gratidão por D. Miguel pelo fato de ele o ter ajudado.

Cintinho, o pai de Jacinto (que também se chamava Jacinto), tinha sido uma criança doente e triste. Morreu jovem, antes de Jacinto nascer.

Jacinto foi uma criança feliz e tudo lhe corria bem. Por esse motivo, seu amigo José Fernandes o tinha apelidado de “O Príncipe da Grã-Ventura”.

José Fernandes tinha sido expulso da Universidade em Portugal e foi para a França. Tempos depois ele recebe uma carta de um tio pedindo que ele regresse a Portugal para cuidar das terras da família, pois o tio não tinha mais condições de o fazer.

José Fernandes vai e, sete anos depois, volta para Paris, onde encontra seu amigo rodeado de inovações tecnológicas: telégrafo, elevador, aquecedor, entre outros.

Ao longo do romance, são narrados episódios em que acontecem falhas nos equipamentos modernos de Jacinto na mansão onde vive, no n.º 202 dos Campos Elísios: falta de luz, problemas no elevador e no encanamento.

"-Meus amigos, há uma desgraça...

Dornan pulou na cadeira:

-Fogo? -Não, não era fogo. Fora o elevador dos pratos que inesperadamente, ao subir o peixe de S. Alteza, se desarranjara, e não se movia encalhado!

O Grão duque arremessou o guardanapo. Toda a sua polidez estalava como um esmalte mal posto: -Essa é forte!... Pois um peixe que me deu tanto trabalho! Para que estamos nós aqui então a cear? Que estupidez! E pôr que o não trouxeram à mão, simplesmente? Encalhado... Quero ver! Onde é a copa?"

Deste modo, Jacinto, que tinha crescido tão feliz, saudável, inteligente e rodeado de inovações, começa a se desiludir com a sua vida.

Então, o amigo aconselha que ele vá viver para o campo para descansar dos ares citadinos. Jacinto recusa de forma imediata.Nesse ínterim, José Fernandes vai viajar por inúmeros lugares na Europa e sente a importância que dá às suas origens.

Por essa altura, Jacinto não tinha mais paciência com aquilo que outrora teria sido o seu prazer: festas, luxos, equipamentos modernos.

"... o 202 estourava de confortos; nenhuma amargura de coração o atormentava; - e todavia era um Triste. Pôr que?... E daqui saltava, com certeza fulgurante, à conclusão de que a sua tristeza, esse cinzento burel em que a sua alma andava amortalhada, não provinha da sua individualidade de Jacinto – mas da Vida, do lamentável, do desastroso fato de Viver! E assim o saudável, intelectual, riquíssimo, bem acolhido Jacinto tombara no Pessimismo."

Um dia, Jacinto recebe a notícia de que a igrejinha onde os restos mortais dos seus antepassados estavam tinha sido soterrada.

Dá ordens para que seja gasto o dinheiro necessário para a sua reconstrução. Quando é avisado de que a obra foi concluída resolve ir para Portugal.

Sua ida para Portugal foi preparada com três meses de antecedência. Jacinto enviou todo o mobiliário de Paris para Portugal porque queria encontrar lá o mesmo ambiente da mansão em que vivia na França.

Quando chega a Tormes (Portugal), a mudança ainda não havia chegado e ele tem de passar dias dormindo em um colchão de palha e comendo modestamente.

Desconfortável, Jacinto decide que deve passar uns tempos em Lisboa, mas ele gosta da paisagem e isso faz com que ele permaneça no campo.

Ao regressar da cidade onde tinha ido visitar sua tia, Zé Fernandes encontra o amigo bem disposto e alojado em Tormes.

O amigo não se preocupava mais com a mudança que nunca tinha chegado, pois tinha sido enviada para Tormes, na Espanha.

Um dia, Jacinto encontra uma criança pobre e a acompanha até a sua casa. A família da criança é empregada de Jacinto e ele se impressiona com a situação de miséria em que eles vivem.

Jacinto resolve ajudar e promete melhorar as condições dos seus empregados com aumento de salários e construção de infraestruturas. As pessoas se encantam e passam a expressar uma certa devoção a Jacinto.

Finalmente, Jacinto conhece uma moça chamada Joaninha, com quem se casa tempos depois.

Nessa altura, a mobília e equipamentos enviados de Paris chegam a Portugal. Com exceção de algumas coisas (o telefone, por exemplo), a maior parte é guardada no sótão.

Perguntas interessantes