Um relógio de pêndulo mecânico foi construído em um local onde a aceleração gravitacional é 9,8 m/s2. Ao ser levado para um lugar onde a aceleração gravitacional vale 11,3 m/s2, sem alterar a amplitude, a massa e o comprimento do pêndulo, este relógio: (alternativa 1) Começará a atrasar. (alternativa 2) Começará a adiantar. (alternativa 3) Marcará a hora exata. (alternativa 4) Aumentará sua amplitude. (alternativa 5) Precisará trocar sua massa.
Soluções para a tarefa
Seja o comprimento do fio do pêndulo, a massa e a aceleração gravítica. Sendo o ângulo entre o fio e a vertical, a posição da massa num referencial com origem no ponto de suspensão do pêndulo é dada por:
O quadrado do módulo da velocidade da massa é então:
A energia cinética da massa é então:
A energia potencial gravítica da massa é dada por:
O lagrangiano do sistema é então:
A equação do movimento é obtida então a partir da equação de Euler-Lagrange:
As derivadas parciais que figuram na equação são:
Portanto:
Para ângulos pequenos, temos , pelo que nessa aproximação podemos resolver a equação exatamente:
onde as constantes reais e são determinadas a partir das condições iniciais do movimento.
Fica então claro que a frequência de oscilação é proporcional à raiz de , pelo que o aumento da aceleração gravítica implica o aumento da frequência de oscilação. Como tal, o relógio começar-se-á a adiantar. Note-se ainda que não depende de , pelo que trocar a massa não altera o seu comportamento.