Direito, perguntado por antvini201, 10 meses atrás

Um primeiro longo período da história humana vai de setenta milhões a setecentos milhões de anos atrás. Durante este período, quem vivia não percebia nenhuma mudança, se sentia sempre igual. Trata-se da longuíssima fase na qual o homem criou a si mesmo: aprendeu a andar ereto, a falar, a educar a prole. Se refletimos bem, estas são mudanças extraordinárias, todas elas decorrentes da compensação dos nossos defeitos. (...)Tínhamos um olfato fraco, portanto, não podíamos perseguir a caça farejando a terra, como fazem os animais, mas tínhamos que avistá-la: para isto devíamos caminhar de pé, já que a caça frequentemente fugia, desaparecendo na vegetação. Isto fez com que se tenham salvado somente aqueles indivíduos da nossa espécie que se tornaram mais aptos para caminhar eretos. Como caminhar ereto implicava passar a dispor dos dois membros superiores – que já não eram mais usados para caminhar –, nós liberamos e especializamos as mãos, usando-as para compensar um outro ponto fraco: o da nossa mandíbula. Não tínhamos capacidade para agarrar a presa e esquartejá-la com os dentes e, por isso, usamos as mãos para construir utensílios e instrumentos. (...) Em resumo, naquela época aumentamos e potencializamos o cérebro, aguçamos a vista e liberamos as mãos. E educamos a prole. Aí está outro fato extraordinário. Basta lembrar os dinossauros, cuja extinção também está associada ao fato de que, quando os ovos se abriam, a prole gerada já era autônoma e, portanto, não era educada pelos genitores. Cada dinossauro começava do zero. O dinossauro era perfeito em sua origem, já sabia se mover, já sabia obter alimento sozinho e, portanto, os genitores o abandonavam à própria sorte. O ser humano, ao contrário – e eis aqui novamente o elogio da imperfeição –, nasce indefeso. Se não fosse socorrido, morreria em poucas horas. Contudo, sua fraqueza se transforma na sua força, pois a assistência biológica que se dá ao seu desenvolvimento durante tanto tempo implica também a aculturação do indivíduo. (...) Somos os únicos animais que não recomeçam sempre do início, mas que, além das características hereditárias e do saber instintivo, recebem dos adultos o saber cultural” (DE MASI, Domenico. O ócio criativo. Entrevista a Maria Serena Palieri. 6. ed. Trad. de Léa Manzi. Rio de Janeiro: Sextante, 2000, p. 24-25). Analise as afirmações a seguir, conforme as ideias do texto lido acima:I. A cultura é – por excelência – a expressão de um modo de vida compartilhado por uma coletividade, que, não obstante, é legado às gerações posteriores, conservando a identidade espiritual que marca tal coletividade e as conquistas que ela alcançou durante o tempo, no seu desafio de adaptação à natureza e de se desenvolver através dela.II. A educação da prole se constitui como um instrumento totalmente dispensável à socialização dos ganhos culturais, pois não garante somente a sobrevivência, mas também o desenvolvimento da coletividade na história.III. A força do ser humano está na capacidade que tem de não só habitar o mundo, mas de também informar aos seus descendentes sobre os progressos alcançados na arte de habitá-lo. Em relação às ideias do texto, está CORRETO o que se afirma em

Escolha uma:

a. II e III apenas. 

b. I, II e III

c. I e III apenas

d. I e II apenas. 

e. I apenas.

Soluções para a tarefa

Respondido por kpaulogeovane
2

Resposta:

é a letra C.pois está falando da cultura e do desenvolvimento das pessoas ao longo dos anos.

Respondido por fernandasantanasilv1
0

Resposta

é a letra C.pois está falando da cultura e do desenvolvimento das pessoas ao longo dos anos.

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