Geografia, perguntado por Usuário anônimo, 4 meses atrás

um poema um rio desbocado de Manoel de Barros Descreva a degradação ambiental Qual o rio de Mato Grosso do Sul eu​

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Respondido por obitouchira277
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Resposta:

Manoel Wenceslau Leite de Barros (Cuiabá, Mato Grosso, 1916 - Campo Grande, Mato Grosso do Sul, 2014). Poeta. Concentrando-se em temas e situações do cotidiano, surpreende o leitor com uma linguagem simples e, ao mesmo tempo, inovadora. Principalmente nos livros publicados a partir dos anos 1960, sua escrita expande os limites da língua, ao reunir sentidos aparentemente incompatíveis em construções que extrapolam a gramática padrão.

Um de seus temas recorrentes é a infância. Realiza-se inicialmente pelo mergulho na memória, com cenas e personagens que remetem à própria infância em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Essa presença é evidente no livro de estreia, Poemas Concebidos Sem Pecado (1937), que se abre com “Cabeludinho”, composição narrativa em 11 partes, dedicada a retratar a convivência desse menino no bairro e sua descoberta como poeta. O mesmo ambiente surge nas seções seguintes do livro, concentradas em personagens pobres e singulares, como “Seu Zezinho-margens-plácidas” e a prostituta “Antoninha-me-leva”.

No segundo livro, Face imóvel (1942), a paisagem é a cidade do Rio de Janeiro, onde  vive de 1928 a 1940 e completa os estudos básicos e a formação em Direito. Mais ligados a uma poética modernista, os versos do período mostram a influência de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) e Murilo Mendes (1901-1975) na orientação para o exterior e na vontade de recuperar o cotidiano impessoal da cidade. Entre 1943 e 1945, o poeta realiza uma série de viagens: a Nova York, onde frequenta cursos de cinema e pintura no MoMA, a Roma, Paris, Lisboa, Bolívia e Peru. Em 1956, publica Poesias, que recua para um lirismo mais convencional, com elementos como “[...] florescer de tarde/ De amor, no cais!”.

Em seguida, com Compêndio para Uso dos Pássaros (1961), Barros atinge o que os especialistas consideram a consolidação de seu estilo. Neste livro, escrito após se estabelecer novamente no estado natal, no Pantanal mato-grossense, faz da infância fonte de imagens ou personagens e ponto de vista buscado pelos poemas e matriz da linguagem poética. “Penso que só com a desarrumação sintática se consegue atingir o criançamento do idioma”, resumiria em entrevista, aludindo à liberdade com que manipula a língua, de modo avesso à lógica: “O menino caiu dentro do rio, tibum,/ ficou todo molhado de peixe”; “Meu bolso teve um sol com passarinhos”.

O experimentalismo se torna mais intenso no título seguinte, Gramática Expositiva do Chão (1969), que diversifica os recursos empregados. Há uso intenso de enumerações, trânsito entre os registros narrativo e descritivo, criação de poemas como notas de rodapé e diálogos entre o poeta e seres animizados. Nessa obra, como sugere o título, existe a busca por elementos rasteiros, triviais, elevados à condição de poesia pelo artista, que, identificado como “desherói”, “recolhe [...] seus companheiros pobres do chão”.

Explicação:


Usuário anônimo: vlw mano tava precisando
obitouchira277: de nada
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