Um grupo de crianças na faixa etária entre 10 e 11 anos, da escola onde você trabalha, tem apresentado comportamento destoante em relação às demais crianças. Professores e gestores andam preocupados porque esse grupo está com baixo desempenho escolar e tem sido considerados agressivos e desobedientes com os professores de um modo geral. A professora responsável pela turma está prestes a aposentar, já cansada de lidar com situações como esta pede a sua ajuda para promover uma intervenção com estas crianças. Considerando que você é o(a) orientador(a) educacional da escola, planeje uma intervenção com três encontros com a turma de alunos. Descreva a sua abordagem inicial, os objetivos da intervenção, quais atividades serão desenvolvidas e quais os resultados esperados. Utilize a teoria de Henri Wallon para justificar as suas ações. Escreva sua resposta no campo abaixo:
Soluções para a tarefa
Resposta:
Tentaria fazer atividades físicas em que nelas tivesse valendo nota (atividades que eles gostasse como futebol e etc...) pra ter uma motivação.
Explicação:
E algumas gincanas que tivessem cálculos de matemática de acordo com a série dos alunos , questões de outras matérias como: Português, ciências,eixo, filosofia, história, inglês, geografia, entre outras atividades.
Resposta:
A abordagem da turma deve ser firme, porém deve emanar confiança para que os alunos sintam-se à vontade para realizar o trabalho. Não pode ser uma intervenção punitiva, coercitiva, mas, sim, acolhedora. É importante apresentar ao grupo os motivos do trabalho que está sendo realizado para que todos se envolvam.
O objetivo será melhorar o relacionamento dos alunos entre eles mesmos e também com os professores. O desconforto com o outro e o possível confronto e contestação, presentes no comportamento da turma, podem estar relacionados com a sua autopercepção, com as mudanças presentes na fase da puberdade, conforme relata Wallon.
No primeiro encontro, pode ser realizada uma roda de conversa onde todos deverão expor o seu ponto de vista sobre a situação. É importante mediar as falas para que não vire apenas um momento de reclamações sem fundamento. A criança deve ser chamada a refletir sobre as situações relatadas para aprimorar a capacidade de estabelecer relações de causa e efeito, desenvolvidas neste estágio do desenvolvimento.
No segundo encontro, pode ser realizada uma atividade voltada para "descoberta" da identidade do grupo. Pode-se desenvolver atividades que envolvam o uso do corpo na relação com o espaço, com palavras e ações de valorização de cada um. De pé, em círculo, todos deverão fechar os olhos. A distância inicial é de um braço de distância entre um indivíduo e outro. O mediador do grupo dá palavras positivas de comando e orienta que cada um avance um passo a cada novo comando, de forma que o espaço entre cada um diminua até chegar ao ponto de se tocarem. As sensações e percepções de cada um ao final da atividade devem ser discutidas.
No terceiro encontro, pode ser realizada uma atividade de fortalecimento e união do grupo, com o estabelecimento de "combinados" para a melhora do comportamento. Um objetivo concreto pode ser traçado, como o cuidado de um espaço, o plantio de uma árvore, enterrar uma garrafa ou baú com intenções ou qualquer ação que tenha o objetivo de estabelecer um pacto positivo entre o grupo. Wallon esclarece que, nesta faixa etária, a criança está ampliando e fortalecendo as suas relações com o mundo externo, sendo capaz de fazer relações mais complexas, já que há um amadurecimento de seu sistema nervoso. Por estarem alcançando a puberdade, modificações físicas podem ser observadas e pode haver uma inadequação corporal temporária, o que requer o trabalho relacionado ao esquema corporal.
Explicação: