Um futuro singular
Senhor diretor, estou escrevendo esta carta porque temo pela minha saúde mental, e se algo acontecer comigo quero que todos saibam o motivo, principalmente 0 senhor, do qual eu esperava toda a compreensão, já que partilha comigo a crença de que só com um profundo respeito à gramática da língua portuguesa construiremos uma nação desenvolvida. [...]Sempre fui um dedicado professor de português, o senhor me conhece bem, tantas vezes me elogiou... Trabalho no ensino fundamental de sua escola há mais de vinte anos! [...] Sempre tive devoção pela língua portuguesa! É uma verdadeira religião para mim! Luto contra as gírias, os estrangeirismos e os erros gramaticais como um cristão contra os hereges! Minha luta pelo emprego do português correto é uma verdadeira cruzada! Uma guerra santa! [...] Tudo começou naquela tarde de sábado, quando fui lavar meu carro e o rapaz me cobrou “dez real". Depois deixei o carro numa vaga, e me custou “dois real". O camelô me ofereceu “três cueca", minha empregada tinha pedido “quatro quilo de batata", o feirante me ofereceu “seis limão", outro gritou “os peixe tão fresco!"; depois meu porteiro se prontificou a levar “as sacola" até o elevador e deu o recado de que “meus filho" ainda não tinham chegado “das compra". Desesperado, me dei conta de que os plurais estavam sumindo! [...]
1. O texto é uma carta dirigida a um interlocutor específico. Quem é esse interlocutor? ► Que relação há entre esse interlocutor e o autor da carta?
2. No último parágrafo, o autor da carta explicita o motivo que o levou a escrever: a constatação de que “os plurais estavam sumindo”. Transcreva no caderno as expressões que ele ouviu de diferentes pessoas e que o levaram a tal constatação. ► Considerando essas expressões, explique o que o autor da carta quer dizer ao afirmar que os “plurais estão sumindo”.
3. Na linguagem oral e em contextos informais, a estrutura a que se refere o autor da carta é comum e pode ser observada na fala de usuários de diversas variedades linguísticas. Ela não surge aleatoriamente. Leia novamente o texto e procure explicar a regra que poderia determinar essa estrutura.
Soluções para a tarefa
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Olá, tudo bem? Vou te ajudar nessa questão:
1. O texto é dirigido ao diretor de uma escola.
A relação entre autor da carta e interlocutor é profissional: o autor é professor de português na escola onde o interlocutor é diretor.
2. O autor da carta lista expressões como “dez real", “dois real", "três cueca", “quatro quilo de batata", “seis limão", “os peixe tão fresco!", “as sacola", “meus filho" e “das compra".
Ao mencionar as expressões acima, o autor da carta quis apontar que muitas palavras que deveriam estar flexionadas no plural, estão no singular.
3. Podemos perceber pelos exemplos mostrados que os números, artigos e pronomes são flexionados no plural, mas os substantivos não.
1. O texto é dirigido ao diretor de uma escola.
A relação entre autor da carta e interlocutor é profissional: o autor é professor de português na escola onde o interlocutor é diretor.
2. O autor da carta lista expressões como “dez real", “dois real", "três cueca", “quatro quilo de batata", “seis limão", “os peixe tão fresco!", “as sacola", “meus filho" e “das compra".
Ao mencionar as expressões acima, o autor da carta quis apontar que muitas palavras que deveriam estar flexionadas no plural, estão no singular.
3. Podemos perceber pelos exemplos mostrados que os números, artigos e pronomes são flexionados no plural, mas os substantivos não.
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Resposta:
1. O texto é dirigido ao diretor de uma escola.
A relação entre autor da carta e interlocutor é profissional: o autor é professor de português na escola onde o interlocutor é diretor.
2. O autor da carta lista expressões como “dez real", “dois real", "três cueca", “quatro quilo de batata", “seis limão", “os peixe tão fresco!", “as sacola", “meus filho" e “das compra".
Ao mencionar as expressões acima, o autor da carta quis apontar que muitas palavras que deveriam estar flexionadas no plural, estão no singular.
3. Podemos perceber pelos exemplos mostrados que os números, artigos e pronomes são flexionados no plural, mas os substantivos não.
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