História, perguntado por reuellnunes, 8 meses atrás

Um fator fundamental da crise do Império foi a abolição da escravatura, uma vez que a base

do poder político do regime se encontrava na elite agrário-escravista.

Como se processou a coexistência entre trabalho livre e escravo nas áreas cafeeiras?​

Soluções para a tarefa

Respondido por Gustavosilva7772
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houve certa coexistência

entre o trabalho escravo e o trabalho livre, não se caracterizando uma ruptura total na qual se substituíram

escravos por trabalhadores livres. Para entender a transição, é fundamental compreender que ambos os

regimes de trabalho conviveram no mesmo tempo e espaço. O sistema escravista não excluiu a possibilidade

da ocorrência do trabalho livre.

A escravidão configura-se como um sistema no qual os escravos apresentam-se como mercadorias.

O trabalhador livre, desprovido dos meios de produção, ao vender a sua força de trabalho transforma-a,

também, em mercadoria. Há nos dois casos coerção e dominação. No primeiro, a dominação se dá no ato da

escravização. No caso do trabalho livre, o trabalhador é privado do acesso aos meios de produção, e assim é

obrigado a vender a sua capacidade de trabalho.

No regime de trabalho livre, o capitalista paga ao trabalhador o valor de sua força de trabalho (valor

necessário para sua reprodução) e, em troca, obtém o produto desse trabalho, o qual além de pagar o valor da

força de trabalho ainda dá ao capitalista um excedente.

Já no regime de trabalho escravo, o senhor tem direito a todo o produto do trabalho do escravo (ele paga pelo

escravo, segundo suas condições de produção e reprodução do momento), não há diferença entre trabalho

socialmente necessário (que paga o valor da força de trabalho) e trabalho excedente.

Ressalte-se, também, que a situação da escravidão não impediu que os escravos se manifestassem e

agissem como classe social; isto é, que fossem capazes de reivindicar demandas e interesses. Tais lutas,

muitas vezes, eram travadas por eles em sentido claramente contestador da ordem escravista, o que significa

dizer que não há que afastar dos escravos a possibilidade de se constituírem como sujeitos.

O processo que tentamos descrever adquiriu diferentes manifestações no Brasil. Devemos

reconhecer, antes mesmo de discutir a historiografia sobre transição do trabalho escravo para o trabalho livre,

que a constituição do mercado interno no país foi incompleta. A maneira como se desenvolveu o capitalismo

no Brasil resultou numa economia vulnerável e dependente externamente, que se reflete até hoje em um país

subdesenvolvido com problemas sociais, em fome e miséria para grandes contingentes humanos.

disponha!!

se achar minha resposta convicente nomeie a melhor por obséquio.

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