Um estudante afirmou que açúcar é energia explique o que ele quis dizer com isso
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Resposta:
Quando ingerimos estes açúcares, a digestão os transforma em glicose, que é o principal combustível das células. Nosso cérebro, por exemplo, não vive mais de 5 minutos sem glicose. É o seu combustível essencial. Quando falta glicose no sangue, apresentamos os desagradáveis sintomas de hipoglicemia: tremedeira, suor frio, tonturas, enjoo, moleza, sensação de desmaio ou até o desmaio propriamente dito. Recém nascidos sem glicose podem até ter uma crise convulsiva.
O açúcar, portanto, é essencial à vida. Por isso, vale de novo a pergunta: então por que a OMS nos manda restringir o uso de açúcar a uma quantidade mínima?
Simples assim: porque não é o açúcar que faz mal. É a quantidade que ingerimos que, em excesso, prejudica a saúde. A ingestão média de açúcar dos brasileiros está em torno de 150 g por dia. Isso é muito. O ideal, como já dissemos, situa-se abaixo de 50 g por dia, ou seja, um terço do consumo médio. Idealmente, deveríamos consumir um sexto do consumo diário médio, o equivalente a 25 g.
Vamos entender quais são os efeitos deletérios do açúcar em excesso no organismo.
Comemos um bolo, por exemplo. O açúcar é digerido, transforma-se em glicose que, por sua vez, entra na corrente sanguínea. Muito bem. Só que de nada adianta ficar circulando pelo sangue, ela precisa entrar nas células para agir. Quem “abre as portas” das células para a glicose é a insulina, hormônio liberado pelo pâncreas.Muita ingestão de glicose, muita produção de insulina. Glicose em excesso, insulina em excesso. Resultado: aumentamos excessiva e desnecessariamente de peso, o que compromete várias funções do organismo e, mais que isso, passamos a desenvolver uma certa resistência à insulina.
Assim, precisamos cada vez de mais insulina para guardar a glicose que continua chegando, conforme continuamos a consumi-la. Em algum tempo, a chance de desenvolvermos diabetes é muito grande. Obesidade e diabetes caminham juntas com várias outras morbidades, como hipertensão e doenças cardiovasculares, que, juntas, deterioram a qualidade de vida de todas as pessoas.
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