Um dos requisitos para que uma pessoa escreva claramente é ler bastante, especialmente os textos clássicos. A recomendação é do professor de língua portuguesa Pasquale Cipro Neto, idealizador do programa “Nossa língua portuguesa”, exibido pela TV Cultura. Pasquale, que é colunista do jornal Folha de São Paulo, esteve na Unicamp na tarde desta terça-feira (25), onde ministrou palestra sobre o tema “Redação fluente e raciocínio: requisitos essenciais em textos acadêmicos”. Vídeo
O convite para que Pasquale viesse à Universidade partiu do professor Celso Dal Re Carneiro, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ensino e História de Ciências da Terra (PEHCT) do Instituto de Geociência (IG). A palestra foi apresentada no contexto da programação que comemora os 50 anos da Unicamp. De acordo com Pasquale, os clássicos são sempre uma ótima referência para quem quer aprender a escrever bem, a despeito de seus autores serem brasileiros ou estrangeiros.
“Uma sociedade que despreza os clássicos é uma sociedade burra, seja ela acadêmica ou não. O Brasil, infelizmente, tem desprezado os clássicos. Muita gente acha que para escrever bem basta ter o conhecimento linguístico do dia a dia, o que é uma tolice profunda. Além dos clássicos, é preciso ler outros textos: jornal, bula de remédio, rótulo de sucrilhos etc. É fundamental estar informado de tudo o que for possível e compreender as linguagens todas. Obviamente, para escrever também é preciso pensar. O exercício mental constante nos faz descobrir a concatenação mental das coisas e também das palavras, das frases, dos textos”.
Sobre o uso da internet como ferramenta para o exercício da leitura e da escrita, Pasquale citou o filósofo, linguista e escritor Umbero Eco, falecido em fevereiro deste ano, que afirmou que a rede mundial de computadores deu voz aos imbecis. “A internet é muito mal utilizada, embora tenha tudo para ser uma ferramenta maravilhosa. Ela é um arquivo monumental, mas as pessoas preferem, por exemplo, ler somente o título de um texto jornalístico – que muitas vezes é mal construído –, tirar conclusões e já sair escrevendo o diabo”.
A linguagem da internet, disse Pasquale, é ótima para uma dada situação, mas as pessoas não podem achar que, ao dominar somente esse código, a vida estará resolvida. “Não é possível escrever um texto acadêmico com a linguagem da internet. É preciso ter um guarda-roupa linguístico amplo. Não dá para achar que com uma roupa apenas eu posso ir a todas as situações”.
a) DO QUE SE TRATA A NOTICIA
b) QUAL A CRÍTICA PRESENTE NO TEXTO
c) NO TERCEIRO PARÁGRAFO CITE QUATRO MODALIZADORES UTILIZADOS POR PASQUALE NETO.
d) O PRONOME "ONDE" NO PRIMEIRO PARÁGRAFO RETORNA QUAL EXPRESSÃO?
e) LOCALIZE 3 CONJUNÇÕES DIFERENTES NO TEXTO ,GRIFE-AS E DIGA QUAL A RELAÇÃO DE SENTIDO ESTABELECIDA POR ELAS.
f) AS ASPAS FORAM USADAS EM CINCO MOMNETOS NO TEXTO, EXPLIQUE O USO DELAS.
Soluções para a tarefa
1- A notícia que traz a entrevista de Pasquale, fala sobre a linguagem da internet e o mal manuseio dessa ferramenta tecnológica.
b- A notícia critica o fato das pessoas não se interessarem mais por toda a informação, apenas por manchetes, e tirarem sempre conclusões precipitadas muitas vezes sem sentido. Além disso o texto critica que as pessoas tem deixado de usar a linguagem culta para usar a linguagem da internet no dia a dia.
c- Segundo Pasquale os modalizadores podem ser epistêmicos, afetivos. assertivos e deônticos.
d- A palavra onde, retoma ao local onde Pasquale realizou a entrevista, ou seja, o programa nossa língua da tv Cultura.
e- No terceiro parágrafo vemos o uso da conjunção aditiva "e", no último parágrafo vemos o uso da conjunção adversativa "mas", No segundo parágrafo vemos o uso da conjunção alternativa "ou".
f- As aspas no texto, foram usadas para citar as falas de Pasquale durante a entrevista.