"Um dos pontos considerados sensíveis nas relações entre civis e militares repousa no modo como cada um se subordina ao outro, particularmente no nível político, quando se deve escolher aqueles que exercerão cargos de chefia, como, por exemplo, o do próprio Ministro da Defesa. A ocupação desta função por um civil pode emprestar maior legitimidade à pasta, além de encurtar as ligações com as autoridades dentro de cada um dos poderes constituídos, delineando a Política Nacional de Defesa, o orçamento das Forças Armadas, dentre outros pontos relevantes, favorecendo uma democracia efetiva e sólida. Neste ponto vem à tona uma questão de suma relevância, dentro de um ambiente democrático: como deve ocorrer esta relação, importantíssima no nível político? Autoridades no assunto, como Cohen (2002, p. 244) e Dayne Nix (NIX, 2012, p. 89), reforçam a chamada “Teoria Normal” de Huntington3 , ao citarem a forma de controle dos militares, por parte dos civis, dita como “Objetivo”, como sendo a mais eficaz, pois incrementa o profissionalismo destes oficiais, considerada a base desta teoria, ao invés de domá-los (forma “Subjetiva”), ideia que trazemos à reflexão pois, com alguns ajustes e adaptações à realidade brasileira, pode sim favorecer o entrosamento entre ambos" Fonte: FERREIRA, Cel Inf Vladimir Schubert Neiva. As relações civis-militares em novos tempos. Análise Estratégica, Vol 8 (2), Mar/Maio. 2018, p. 7. Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos da disciplina Estudos Estratégicos, análise as afirmações abaixo, sobre as relações civis-militares e, depois, assinale a alternativa que indique apenas aquelas que estão corretas: I. Os diferentes arranjos das relações civis-militares são importantes para a atividade de defesa, uma vez que eles são responsáveis por produzir distintas qualidades de avaliação estratégica e efetividade combatente. II. Não é raro existir um descompasso e uma desconfiança entre o estamento militar e as lideranças civil. Se há descompasso e desconfiança entre estamento militar e liderança civil, isso torna a capacidade de avaliar ameaças externas e a formulação da política de defesa disfuncionais. III. De uma forma geral, quando há excesso de autonomia por parte do Executivo frente às Forças Armadas, no que tange a tomada de decisões sobre preparo e emprego destas, pode-se observar o fortalecimento dos líderes militares. Isso ocorre porque os líderes militares precisam estabelecer estratégias mais populistas para subverter essa ordem.
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Apenas as afirmações I e II estão corretas.
É de fundamental importância a consideração de pontos sensíveis nas relações entre civis e militares, considerando o modo como cada um se subordina ao outro, em especial, no contexto político.
Os diferentes arranjos das relações civis-militares são fundamentais para a atividade de defesa, visto que as mesmas são responsáveis pela produção de diversas qualidades de avaliação estratégica e efetividade combatente.
Bons estudos!
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