Um dos maiores físicos do século XX, Albert Einstein, comparou o trabalho
de um cientista ao trabalho de um detetive.
“Em quase todo romance policial, chega um momento em que o investigador
já coletou todos os fatos de que necessita para solucionar pelo menos uma das
etapas de seu problema. Esses fatos parecem frequentemente estranhos e
incoerentes, inteiramente sem relação entre si. Contudo, o grande detetive
percebe não serem necessárias mais investigações no momento e que
somente o raciocínio o levará a correlacionar os fatos coletados. Então, ele
toca o seu violino ou descansa na sua poltrona, deliciando-se com seu
cachimbo, quando, de repente, lhe ocorre a solução. E não somente tem a
explicação para os indícios que dispunha, mas também sabe que outros
acontecimentos devem ter ocorrido. Sabendo agora exatamente onde buscar o
que deseja, poderá, se quiser, coletar mais dados para a confirmação de sua
teoria.
O cientista, lendo o livro da natureza, se nos permitem repetir esse lugarcomum, deve obter a solução por si, porque ele não pode, como fazem os
leitores impacientes de outras histórias, ir logo ao final do livro. Em nosso caso,
o leitor é também o investigador, procurando explicar, pelo menos em parte, as
relações entre os acontecimentos em sua forma mais completa. Para obter
uma solução, mesmo parcial, o cientista tem de coletar os fatos desordenados
disponíveis e, por meio do seu pensamento criador, torná-los coerentes e
inteligíveis.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Questão 2 – Segundo o texto, a parte criadora de um trabalho científico começa quando o investigador:
(X) identifica o problema.
(B) coleta os fatos para a solução de parte do problema.
c) busca mais dados para a validação de sua teoria.
d) torna coerentes os fatos desconexos.
Questão 3 – Retoma-se o referente “o investigador”, por meio de um pronome pessoal no trecho:
a) “[…] o grande detetive percebe não serem necessárias […]”
b) “[…] que somente o raciocínio o levará a correlacionar os fatos coletados.”
(X) “Então, ele toca o seu violino ou descansa na sua poltrona […]”
d) “[…] quando, de repente, lhe ocorre a solução.”
Questão 4 – O item em que o elemento grifado tem a sua ideia corretamente identificada é:
(X) “Contudo, o grande detetive percebe não serem necessárias […]” (conclusão)
b) “[…] quando, de repente, lhe ocorre a solução.” (tempo)
c) “[…] mas também sabe que outros acontecimentos devem ter ocorrido.” (oposição)
d) “[…] deve obter a solução por si, porque ele não pode […]” (negação)
Questão 5 – “[…] o cientista tem de coletar os fatos desordenados […]”, a parte destacada indica:
a) uma obrigação
(X) uma sugestão
c) um desejo
d) uma hipótese
Questão 6 – Em todos os adjetivos, os prefixos indicam a ideia de negação, exceto em:
a) incoerentes b) impacientes c) desordenados (X) inteligíveis
Explicação: