Um dos grandes desafios da ética nos dias atuais é exatamente o enfrentamento daquilo que o autor Habermas chama de "supermercado de pessoas", no qual os pais escolhem o biotipo dos seus filhos. Nesse sentido, propomos a construção de um texto que dialogue com esse problema sob a perspectiva ética. Neste desafio você deverá evidenciar:
1 - o paradoxo: evolução versus senso ético;
2 - as diferenças sociais que seriam aumentadas com práticas desse tipo;
3- o conflito de alguma maneira religioso que aparece nessa concepção
Soluções para a tarefa
A questão da Biotecnologia é um dado que nos coloca imensas questões nos dias atuais. Não se trata apenas de questionar um problema de antigos versus modernos. A evolução tecnológica, sobremaneira na área de saúde, contribuiu e irá contribuir muito ainda para o ser humano. Há, portanto, um lado extremamente importante e necessário: não haveria talvez a possibilidade de um regresso. Isso também nos parece algo concreto, no entanto, a pergunta que resta é a seguinte: é possível agir eticamente dentro dessa concepção? Quais os limites da atuação da tecnologia em face da vida humana? As pessoas que não possuem recursos financeiros também teriam esse acesso? Seria esse mais um local de produção de diferenças sociais?
Por outro lado, temos a impressão de que há muitos pontos positivos, por exemplo, pais com filhos, que outrora não os teriam, cura de doenças, ganhos que não se pode negar à evolução tecnológica. No entanto, ainda nos questionamos: e a liberdade do ser humano, que é obra do acaso e que agora é determinada? Será que não caminharíamos na construção de seres humanos artificialmente perfeitos (como o sonho de ditadores maníacos como Hitler)? Seria o fim do homem como tragédia? E o encanto do desconhecido, estaria problematizado com essa evolução? Seríamos menos homens ou apenas homens distintos? O filho seria escolhido em uma prateleira genética. É possível amar um produto escolhido? Ou os sentimentos superam essa discussão? Ou ainda, ela nem deveria existir e deveríamos nos entregar a essa evolução? Será que estamos em busca de uma sociedade geneticamente programada e os seres humanos, filhos do ocaso, estão em extinção?
Nossas escolhas determinarão nosso futuro. Ele está aí a nos questionar. Os problemas estão postos. Carecemos de refletir e decidir se há limites éticos para essas questões ou se a evolução é inevitável. Não cabe aqui encerrar a questão, contudo, parece-nos que não há como admitir uma apropriação do tecnológico sobre o ético, sob a pena de um descontrole e de um desconhecimento daquilo que um dia se chamou de ser humano.
Resposta:
Padrão de resposta esperado
A questão da Biotecnologia é um dado que nos coloca imensas questões nos dias atuais. Não se trata apenas de questionar um problema de antigos versus modernos. A evolução tecnológica, sobremaneira na área de saúde, contribuiu e irá contribuir muito ainda para o ser humano. Há, portanto, um lado extremamente importante e necessário: não haveria talvez a possibilidade de um regresso. Isso também nos parece algo concreto, no entanto, a pergunta que resta é a seguinte: é possível agir eticamente dentro dessa concepção? Quais os limites da atuação da tecnologia em face da vida humana? As pessoas que não possuem recursos financeiros também teriam esse acesso? Seria esse mais um local de produção de diferenças sociais?
Por outro lado, temos a impressão de que há muitos pontos positivos, por exemplo, pais com filhos, que outrora não os teriam, cura de doenças, ganhos que não se pode negar à evolução tecnológica. No entanto, ainda nos questionamos: e a liberdade do ser humano, que é obra do acaso e que agora é determinada? Será que não caminharíamos na construção de seres humanos artificialmente perfeitos (como o sonho de ditadores maníacos como Hitler)? Seria o fim do homem como tragédia? E o encanto do desconhecido, estaria problematizado com essa evolução? Seríamos menos homens ou apenas homens distintos? O filho seria escolhido em uma prateleira genética. É possível amar um produto escolhido? Ou os sentimentos superam essa discussão? Ou ainda, ela nem deveria existir e deveríamos nos entregar a essa evolução? Será que estamos em busca de uma sociedade geneticamente programada e os seres humanos, filhos do ocaso, estão em extinção?
Nossas escolhas determinarão nosso futuro. Ele está aí a nos questionar. Os problemas estão postos. Carecemos de refletir e decidir se há limites éticos para essas questões ou se a evolução é inevitável. Não cabe aqui encerrar a questão, contudo, parece-nos que não há como admitir uma apropriação do tecnológico sobre o ético, sob a pena de um descontrole e de um desconhecimento daquilo que um dia se chamou de ser humano.