Física, perguntado por Camrfilho, 8 meses atrás

Um corpo
descreve uma trajetória circular de raio R com velocidade
escalar constante de módulo igual a v e, nessa situação, a aceleração cen-
trípeta do móvel tem módulo igual Acp. Se tanto o raio da curva como
o módulo da velocidade do corpo fosse duplicado, qual seria, em função
de Acp, o novo valor da aceleração centrípeta adquirida por esse corpo?

Soluções para a tarefa

Respondido por eddusantos
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Resposta:

Aceleração centrípeta é a aceleração que causa a mudança na direção da velocidade de algum móvel que execute um movimento circular. Ela aponta na direção do raio do movimento e é calculada pela velocidade escalar do móvel elevada ao quadrado, dividida pelo raio da circunferência.

Essa aceleração surge graças à ação de uma força central, ou seja, uma força que aponta para o centro de uma trajetória. Essas forças centrais são chamadas de forças centrípetas. Uma vez que o ângulo entre a velocidade e a força centrípeta é de 90º, essa força não é capaz de realizar trabalho, por isso a aceleração centrípeta somente muda a direção do movimento, mantendo constante a velocidade em que o corpo se move.

A figura acima ilustra as grandezas envolvidas no movimento de rotação.

Para entendermos melhor o significado de aceleração centrípeta, vamos analisar uma de suas possíveis fórmulas:

acp – aceleração centrípeta (m/s²)

v – velocidade escalar (m/s)

ω – velocidade angular (rad/s – radianos por segundo)

De acordo com a fórmula mostrada acima, a unidade de aceleração centrípeta é o rad/s multiplicado por m/s. Porém, a unidade radiano é adimensional (não tem unidade de medida), por isso dizemos que aceleração centrípeta é medida em m/s².

Se um móvel tem aceleração centrípeta de 1 m/s², a direção de sua velocidade é alterada em 1 rad a cada segundo, percorrendo 1 metro a cada segundo.

Veja também: Tudo o que você precisa para entender o movimento circular de uma vez por todas!

Fórmula de aceleração centrípeta

A fórmula mais utilizada para o cálculo da aceleração centrípeta é aquela que relaciona o quadrado da velocidade com o raio da trajetória.

v – velocidade escalar (m/s)

R – raio da trajetória

Além da fórmula acima, existem variações que se relacionam às grandezas angulares do movimento circular, como a velocidade angular ou a aceleração angular.

α – aceleração angular (rad/s²)

Aceleração centrífuga

Quando colocamos uma roupa molhada para secar em uma máquina de lavar roupas, a água das peças é expulsa na direção tangencial ao deslocamento. Sobre esse movimento, é comum ouvirmos que a aceleração centrípeta é a responsável por fazer as gotículas de água deixarem a roupa, entretanto, essa afirmação está errada, uma vez que a responsável pela fuga das gotículas de água é a inércia.

O uso de termos como aceleração centrífuga e força centrífuga é bastante comum e passa a ideia errada de que existe alguma força fazendo com que os corpos em rotação tendam a ser lançados para fora de sua trajetória. Essa “força” que parece impelir os corpos para direções que fogem ao centro da rotação, na verdade, surge em referenciais acelerados e, por isso, é chamada de força virtual.

Durante o movimento de rotação, os corpos tendem a continuar movendo-se em linha reta, em velocidade constante. É por causa da inércia que podemos girar um balde cheio de água sem que o seu conteúdo caia: uma vez que a força centrípeta aponta para o centro da trajetória, a inércia da água faz com que ela tenda a se opor à ação dessa força. Quando a água do balde encontra-se perto de cair, o balde (que tem menor inércia) já desceu, desse modo, a água permanece sempre dentro do balde.

A inércia da água faz com que ela permaneça no balde durante a rotação

Aceleração centrípeta do elétron

Uma aplicação comum da aceleração centrípeta é aquela em que partículas carregadas são lançadas em direção a uma região de campo magnético. Quando isso acontece, uma força magnética atua sobre elas, fazendo com que a sua trajetória curve-se. Nesse caso, a força magnética faz o papel de uma força centrípeta, já que ela constantemente aponta para o centro de uma trajetória circular. Desse modo, basta assumirmos que a força magnética tem caráter centrípeto:

Fmag – força magnética (N - Newton)

Fcp – força centrípeta (N)

q – carga elétrica (C - Coulomb)

v – velocidade (m/s)

B – campo magnético (T)

Caso queiramos calcular a aceleração centrípeta sofrida por um elétron, devemos assumir que o módulo de q é igual ao da carga elétrica fundamental (1,6.10-19 C). Após alguns ajustes, podemos escrever uma fórmula para calcular o raio de rotação de um elétron na presença de campos magnéticos, a saber:

Vamos fazer um exemplo de

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