um conto de 20 linhas.
Soluções para a tarefa
Resposta:
- Conto Três da Trilogia do reflexo.
- Definamos visão periférica como essa capacidade de perceber o que nos rodeia, e distingamos esta da visão central, tão poucas vezes falada por ser tão óbvia e presente, que é aquela imagem em que temos maior clareza e foco; ora aí está, também que, de tão óbvia, esquecemos de duvidar dela. Do lado de cá, de quem recebe a imagem, veremos que esta visão central, cuja denominação nos engana, não se limita ao que está à nossa frente, vejamos a frase anterior, é apenas onde colocamos maior foco. Dito isto, apresentemos o que estava na tela, as seis faces dos participantes da reunião virtual, num gradeado cada vez mais comum desde a implementação do isolamento, coisa que antes necessitaria ser explicada e agora é um apontamento comum. Continuemos. No canto inferior esquerdo, por definição aleatória de um programador, estava eu, que protagonizo este conto, num reflexo invertido por lentes, transformado em dígitos e depois em pixels, ali me via, espelho com atraso de processamento, usado como controlo de ângulo da câmera, ajuste do cabelo e de trejeitos. Os outros cinco espaços da grade entravam e saiam da minha visão central, ora um, ora outro, fosse por ter sido dada palavra, fosse por mera chamada de atenção através de um gesto qualquer. A disposição fora decidida por ordem de entrada, primeiro Violeta, no topo esquerdo, com a longa cabeleira loira, a meio o Milton de cabelo crespo, ao lado estava Humberto, tão nobre escritor, logo abaixo, a professora Milena, tão exausta que parecia dormir, e a meio na fileira de baixo, Isabella, eléctrica, pulando dentro e fora da tela. Eu olhava-me de tempos a tempos, ali no lugar que me fora atribuído, e ia corrigindo a posição e um ou outro trejeito, mas era nos outros que eu realmente perdia tempo a admirar.
Explicação: