UM CAMPEONATO DE VOLEIBOL
Um grupo de amigas conversava sobre a equipe de voleibol da escola. No campeonato que
estavam participando, o técnico resolveu inscrever uma aluna com deficiência motora. O nome dela era
Ana. Durante o decorrer de todo o campeonato, o técnico da equipe procurava colocar a atleta em algum
momento do jogo, para sacar, por exemplo, ou quando a sua equipe estava com uma grande vantagem
de pontos. Em uma situação, a equipe quase perdeu um dos sets da partida, pois Ana não conseguia se
movimentar com tanta agilidade e a equipe adversária fazia questão de lançar a bola somente em sua
direção. Durante todo o ano, Ana sempre foi bastante assídua aos treinos, além de executar os exercícios
com esforço e dedicação, apesar de ter algumas dificuldades em participar das atividades de
treinamento. Em casa, os seus pais notaram como a filha estava se sentindo mais alegre depois de fazer
parte da equipe de voleibol. Na própria escola, Ana se sentia mais disposta em participar de tudo o que
era proposto, pois se sentia mais aceita e parte integrante daquele grupo.
Ocorreu que uma das partidas foi marcada para uma data quando duas atletas irmãs não
poderiam comparecer, pois estavam de viagem marcada com a família para o casamento de um primo.
Também, outra atleta havia se machucado na partida anterior e não possuía condições alguma de jogo.
Conclusão, Ana era a única opção para completar a equipe para aquele jogo. Ao receber a notícia, a
menina ficou toda contente, pois seria a primeira vez que poderia participar de uma partida do início até
o final.
Porém, houve uma discussão porque alguns atletas consideravam que a melhor opção era
chamar para compor a equipe uma atleta do time de handebol, que nunca comparecia aos treinos de
voleibol, mas que estava inscrita naquele campeonato. Afinal, tratava-se de uma partida importante e a
equipe poderia perder a chance de se classificar para a etapa nacional. A equipe também podia passar
por algumas situações constrangedoras, sendo derrotada de forma vergonhosa. Era preciso lembrar que
no começo do ano, quando optaram por uma atleta deficiente, não havia a intenção de colocá-la para
jogar, a decisão foi apenas uma forma inclusão e para mostrar que a escola e as atletas não possuíam
preconceito contra ninguém. O grupo de amigas após algum tempo conversando, trocaram ideias e
argumentos. Enfim, uma delas no auge da discussão afirmou: - Bem que ela podia ser normal! Nesse
momento, a conversa acabou.
1.1)A história relata um problema e as situações ligadas a esse problema. Afinal, qual é o problema
relatado e quais situações são essas?
1.2)Dê a sua opinião sobre a seguinte afirmação: “pessoas com e sem deficiência devem praticar
esportes em uma mesma equipe”.
Soluções para a tarefa
Resposta:
1.1) Uma garota com deficiência motora que por mais que tenha complicações se esforça bastante. Com os problemas e falta de pessoas, Ana seria usada como substituta, mas seus colegas entraram em uma discussão se era melhor colocar outra pessoa em seu lugar já que não gostariam de passar vergonha e perder a chance de ir para a nacional. O que de certa forma é um grande preconceito com Ana em subestima-la só por conta de sua deficiência e logo de cara julga-la como incapaz de participar...
1.2) Acredito que sim. Deficiências devem ser mais normalizadas, com esforço e determinação você consegue quebrar até as mais difíceis barreiras. Entendo o medo de seus colegas de perderem, porque realmente não deixa de ser algo que prejudica a equipe. Mas mesmo assim eles deveriam dar a ela o benefício da dúvida em vez de simplesmente troca-la por alguém relaxado que não esta nem focado no vôlei. A frase "Bem que ela podia ser normal" é extremamente ofensiva, Ana é normal, ela só nasceu com um problema que a faz não ter a capacidade que uma criança normal teria. Isso não a empede de cumprir seus objetivos e jogar no time como um igual...