Ultimamente, os missionários tem provocado tumultos por toda parte. Os convertidos tem a possibilidade de oprimir aqueles que não desejam abraçar o cristianismo, pois os missionários tomaram como regra proteger os convertidos e os cônsules como regra proteger os missionários. No próximo ano, quando tivermos de renovar o tratado com a França, devemos ter o cuidado de revisar completamente a questão da propaganda religiosa”. Tseng Kuo-fan, estadista chinês. In: PANIKKAR, K. M. As missões cristãs na China 1723 a 1911. A dominação ocidental na Ásia. Rio de Janeiro: Editora Saga, 1965, p.179.
A partir da citação acima, disserte sobre os conflitos de ordem religiosa entre o mundo europeu e cristão, e o mundo asiático (China, Índia e Japão) cujo os princípios éticos e filosóficos eram radicalmente diferentes da religião dos conquistadores. A religião cristã legitimava as “conquistas” européias.
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A religião cristã era vista pelas administrações locais, em especial na China e no Japão, como um elemento estrangeiro perigoso para a coesão social.
A expansão do cristianismo significava, para os administradores, a expansão de uma minoria cuja a lealdade política e religiosa estava associada com uma figura estrangeira: o papa, por exemplo, ou os navegantes portugueses, de modo que temiam rebeliões sociais causadas por esta minoria.
Por conta disto reprimiram violentamente a expansão do cristianismo, executando missionários e convertidos como forma de garantir a coesão social.
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