(UFV-M G) O fragmento abaixo foi selecionado do texto “Mulheres no cárcere e a terapia do aplauso”, de Bárbara Santos. Leia-o para responder à questão.Mulheres no cárcere e a terapia do aplauso (por Bárbara Santos) Elas estão no cárcere. O cárcere não está preparado para elas. Idealizado para o macho, o cárcere não leva em consideração as especificidades da fêmea. Faltam absorventes. Não existem creches. Excluemse afetividades. Celas apertadas para mulheres que convivem com a superposição de TPMs, ansiedades, alegrias e depressões. A distância da família e a falta de recursos fazem com que mulheres fiquem sem ver suas crianças. Crianças privadas do direito fundamental de estar com suas mães. Crianças que perdem o contato com as mães para não crescerem no cárcere. Uma presa, em Garanhuns, Pernambuco, luta para recuperar a guarda de sua criança, que foi encaminhada para adoção por ela não ter familiares próximos. Uma criança com cerca de 2 anos de idade, em Teresina, Piauí, nasceu e vive no cárcere, não fala e pouco sorri, a mãe tem pavor de perdê-la para a adoção, sua família é de Minas Gerais. Essas mulheres são vítimas do machismo, da necessidade econômica e do desejo de consumir. São flagradas nas portas dos presídios com drogas para os companheiros; são seduzidas por traficantes que se especializaram em abordar mulheres chefes de família com dificuldades econômicas; também são vaidosas e, apesar de pobres, querem consumir o que a televisão ordena que é bom. Um tratamento ofensivo as afeta emocionalmente. A tristeza facilmente se transforma em fúria. Muitas escondem de suas crianças que estão presas. Sentem vergonha da condição de presas. Na maioria dos casos, estão convencidas de que são culpadas e que merecem o castigo recebido. Choram, gritam e se comovem. O cárcere é despreparado e pequeno demais para comportar a complexidade das mulheres. Apesar do aumento do número de mulheres presas no Brasil, especialmente nas rotas do tráfico, o sistema penitenciário não se prepara nem para as receber, nem para as ressocializar. Faltam presídios femininos, assim como capacitação específica para servidores penitenciários que trabalham com mulheres no cárcere. Falta estrutura que considere a maternidade e que garanta os direitos fundamentais das crianças. Assim como na sociedade, no cárcere o espaço da mulher ainda é precário. O sistema é masculino na sua concepção e essência. Em cidades como Caicó, Rio Grande do Norte, não existe penitenciária feminina. As mulheres presas são alojadas numa área improvisada dentro da unidade masculina. Em Mossoró, no mesmo Estado, mulheres presas, ainda sem sentença, aguardam julgamento numa área minúscula dentro da cadeia pública masculina. A presença improvisada das mulheres cria problemas legais e acarreta insegurança para servidores penitenciários quanto à garantia da segurança geral e da integridade física das mulheres.• Tendo em vista o sentido global do texto, o seu PRINCIPAL objetivo comunicativo é:a) discutir a precariedade do sistema penitenciário para receber mulheres presas.b) apontar as especificidades e complexidades da mulher no cárcere.c) defender o direito das mães presas viverem com suas crianças.d) apresentar exemplos positivos de presídios para mulheres.e) identificar os problemas das mulheres no cárcere.
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Olá, tudo bem? Vou te ajudar nessa questão:
A partir da leitura do texto, podemos ver que seu principal objetivo é descrito na alternativa (A), "discutir a precariedade do sistema penitenciário para receber mulheres presas".
O início do texto já nos indica isso, no trecho "Elas estão no cárcere. O cárcere não está preparado para elas. Idealizado para o macho, o cárcere não leva em consideração as especificidades da fêmea".
Além disso, ao longo do texto, temos mais uma confirmação no trecho "Apesar do aumento do número de mulheres presas no Brasil, especialmente nas rotas do tráfico, o sistema penitenciário não se prepara nem para as receber, nem para as ressocializar".
A partir da leitura do texto, podemos ver que seu principal objetivo é descrito na alternativa (A), "discutir a precariedade do sistema penitenciário para receber mulheres presas".
O início do texto já nos indica isso, no trecho "Elas estão no cárcere. O cárcere não está preparado para elas. Idealizado para o macho, o cárcere não leva em consideração as especificidades da fêmea".
Além disso, ao longo do texto, temos mais uma confirmação no trecho "Apesar do aumento do número de mulheres presas no Brasil, especialmente nas rotas do tráfico, o sistema penitenciário não se prepara nem para as receber, nem para as ressocializar".
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Resposta:
a) discutir a precariedade do sistema penitenciário para receber mulheres presas.
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