(UFU, 2006, adaptada) Leia os versos do poeta Ferreira Gullar.
“(...)
Quantas tardes numa tarde!
e era outra, fresca,
debaixo das árvores boas a tarde
na praia do Jenipapeiro
(...)
Muitos
Muitos dias há num dia só
porque as coisas mesmas
os compõem
com sua carne (ou ferro
que nome tenha essa
matéria tempo
suja ou
não)
(...)
É impossível dizer
em quantas velocidades diferentes
se move uma cidade
a cada instante”
a) As lembranças e associações evocadas pela memória atualizam o passado, fazendo-o repetir-se sem alterações, como se vê na primeira estrofe.
b) O poeta faz uma reflexão sobre a simultaneidade e a temporalidade das coisas, excluindo, implicitamente, a reflexão da temporalidade humana.
c) O poeta faz uso de lembranças e associações para atualizar o passado e envelhecer o presente.
d) Os versos são marcados pela ideia de simultaneidade, tanto da lembrança quanto da existência real das coisas, o que leva o poeta à reflexão sobre o tempo.
e) A assimetria dos versos e a forma como são dispostos no papel representam um estilo literário e desconsideram o tratamento temático do texto.
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d) Os versos são marcados pela ideia de
simultaneidade, tanto da lembrança quanto da existência real das coisas,
o que leva o poeta à reflexão sobre o tempo.
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