(UFSM - RS)
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’ expressões
grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
[...]
Mas tendo tantos dotes da ventura,
só apreço lhes dou, gentil pastora,
depois que o teu afeto me segura
que queres do que tenho ser senhora.
É bom, minha Marília, é bom ser dono
de um rebanho, que cubra monte e prado;
porém, gentil pastora, o teu agrado
vale mais que um rebanho e mais que um trono.
Graças, Marília bela,
graças à minha Estrela!
Marília de Dirceu, poema árcade de Tomás Antônio Gonzaga, evoca a Antiguidade greco-latina, sobretudo na retomada do modelo clássico, marcado pelo equilíbrio, pela relação entre razão e natureza, pelo bucolismo, dentre outros aspectos.
Nessas duas estrofes da lira 53, é correto afirmar:
I - Os versos da primeira estrofe evocam o contexto dos pastores, elemento que o Arcadismo revive da antiga poesia greco-romana.
II - A exaltação comedida do amor e da beleza de Marília resulta da harmonia idílica que o eu lírico constrói em ambas as estrofes destacadas.
III - O refrão indica admiração de Dirceu por Marília, mas abriga uma ambiguidade, pois, em "graças à minha estrela", estrela tanto pode ser metáfora da amada quanto sinônimo de sorte, destino.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) I, II e III.
Soluções para a tarefa
Respondido por
4
Resposta:
c)apenas i e iii
Explicação:espero ter ajudado!
Nerjd:
Você pode explicar, por favor?
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