(Ufsj 2011) Para Sartre, “o Homem é livre, o Homem é liberdade”. Com relação a tal princípio, é CORRETO afirmar que o homem é: a) “a expressão de que tudo é permitido por meio da liberdade e que provém da existência de Deus”. b) “um animal político no sentido aristotélico e por isso necessita viver a liberdade política em comunidade”. c) “um ser que depende da liberdade divina e necessita que o futuro esteja inscrito no céu”. d) “condenado a ser livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo que faz”.
Soluções para a tarefa
Resposta: Letra D
Explicação: Sartre acreditava que somos livres, logo, somos inteiramente responsáveis por nossas ações e por suas consequências.
Para Sartre o homem é condenado a ser livre. Logo, a alternativa D é a correta.
O homem é condenado a ser livre: condenado porque não se criou de si mesmo e, no entanto, livre, porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo aquilo que faz.
A liberdade defendida por Sartre é uma liberdade absoluta e a responsabilidade que ele atribui ao homem é TOTAL, inclusive no que diz respeito às paixões devastadoras: o homem é responsável por sua paixão.
Da mesma forma, qualquer sinal que apareça ao homem é sempre decifrado pelo próprio homem como ele achar melhor, sem ajuda nem apoio algum: o homem está condenado a todo instante a inventar o homem.
A cada momento estamos em um cenário e uma situação distinta que nos é dada sem nossa escolha prévia. O nascimento é a situação por excelência: não escolhemos onde nascemos, quando nascemos e nem com quem nascemos ou em qual cultura nascemos.
Sartre e Merleau-Ponty são filósofos existencialistas que ganharam proeminência na primeira metade do século XX seguindo os ditames de Heidegger e Jaspers.
O existencialismo é uma escola filosófica que coloca uma lupa na existência e nega - ou reduz - o efeito de que consideram uma suposta essência. Assim, o homem, como diz Heidegger, é um ser-aí, ou seja, existe aí, no mundo, e é o lugar onde o mundo se dá.
Nas palavras de Sartre, a existência precede a essência.
O existencialismo, em geral, trata de temas como a angústia e a busca por sentido. Surge exatamente no período da história humana onde as piores guerras deixaram não só o mundo materialmente devastado como espiritualmente cético: a religião foi descartada como doadora de sentido e elegeu-se correntes intelectuais como tentativas de resposta.
Tendo como parente distante o dinamarquês Kierkegaard e como nome mais proeminente e culto o de Albert Camus, o existencialismo foi a principal corrente filosófica do pós-guerra.
Para saber mais: brainly.com.br/tarefa/16845689