(UFLA - adaptada)
FUNK É CULTURA?!
Algumas semanas atrás, estava folheando o jornal antes de começar mais uma jornada de trabalho quando me deparei com uma notícia que me deixou estupefacto: “Tati Quebra Barraco faz turnê na Europa representando a cultura (e o feminismo) brasileiro”. De acordo com o jornal, [...] Tati e Cabbet Araújo, produtor da turnê, tiveram que gastar um bom tempo tentando convencer o Ministério da Cultura, que pagou as passagens da cantora, de que o funk também é cultura. [...] Afinal, esse funk de hoje é cultura ?! [...] Quero deixar bem claro que eu não tenho nada contra a cantora e o tipo de som que ela faz, até porque cada um ganha dinheiro com aquilo que sabe fazer e sabe criar. Só acho que o Brasil tem muitos gêneros que representariam dignamente a cultura de um povo como o nosso sem precisar recorrer ao funk e abrir essa polêmica toda na sociedade. O Funk de hoje é moda ou tendência, mas cultura brasileira é Bossa Nova, Samba, Chorinho, Forró. É só abrir a página da história da música Brasileira, que veremos compositores como Pixinguinha, Cartola, Vinícius, Tom Jobim, Ari Barroso, Chico Buarque... Com certeza poderia demorar horas aqui citando nomes fabulosos, que, estes sim, representam a boa música e a cultura do nosso país.
Patrocinar as passagens da Tati Quebra Barraco foi demais para deixar passar em branco. O Governo não poderia ter encarado o funk ao pé da letra. O Funk pode até ser cultura, mas o que é feito aqui no Brasil, na atualidade, não passa nem perto disso. O estilo de música Funk, originado nos Estados Unidos, é uma mistura de jazz, blues e soul e caracterizado pelo ritmo pesado e repetitivas batidas graves. Trata -se de um movimento elitista e o movimento das favelas, dos grotões. Porém, o dito "funk" dos palavrões, das letras sexistas, dos insultos, o funk que não passa mensagem alguma, não creio que isso represente o movimento funk original, aquele da realidade das favelas, da marginalização, enfim o cunho social do movimento.
Na minha opinião, o Brasil poderia ter um representante à altura lá fora, não com as migalhas do que se tornou o funk atualmente. Uma disritmia pornográfica que, através das letras, faz com que as mulheres voltem às bases do tempo medieval. Vulgar seria a expressão mais adequada. Você, mulher brasileira, se sentiria honrada em se ver diminuída, inferiorizada como pessoa, em formas de versos de música ainda mais como representante lá no exterior dessa grande nação brasileira? Acho que nem precisa ser mulher pra responder isso. Basta ser coerente... Marcus Vinicius Jacobson
Disponível em: http://www.mvhp.com.br/colunamus54.htm (Fragmento adaptado) Acesso em 14/9/2012.
Em relação à tipologia, o texto, tomado em sua totalidade, se configura predominantemente como
Escolha uma:
a. injuntivo: aconselha o leitor a desprezar o estilo funk como gênero musical.
b. descritivo: apresenta as características do funk como estilo musical questionável.
c. narrativo: conta o episódio da concessão de patrocínio, por parte do governo brasileiro.
d. argumentativo: objetiva promover uma reflexão sobre o estilo funk.
e. preditivo: prediz o destino do funk, apontando aspectos relacionados ao futuro desse estilo musical.
Soluções para a tarefa
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23
Boa tarde!
Alternativa correta Letra b
Depois de muitas críticas, ressaltando a música brasileira em outros estilos como bossa e forró, o autor fala das desqualificações do tipo de música que é tocada hoje em dia que desvaloriza a mulher, de uma maneira sexista, e muitas vezes machista.
O autor também faz uma pergunta final que evidencia o sentido de reflexão que ele deseja propor sobre o assunto, de maneira que ele pergunta se as mulheres gostariam de ser representadas dessa forma no exterior. Ainda enfatiza, que não precisa " nem ser mulher para responder isso"
Respondido por
33
Resposta:Letra D, argumentativo
Explicação:
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