(UESPI)
Síndrome do excesso de informação
O eterno sentimento humano de ansiedade diante do desconhecido começa a tomar uma forma óbvia nestes tempos em que a informação vale mais que qualquer outra coisa. As pessoas hoje parecem estar sofrendo porque não conseguem assimilar tudo que é produzido para aplacar a sede da humanidade por mais conhecimento.
Como toda ansiedade, a angústia típica de nosso tempo machuca. Seu componente de irracionalidade é irrelevante para quem se sente mal. O escritório de estatísticas da Inglaterra divulgou recentemente uma pesquisa que é ao mesmo tempo um diagnóstico. Cerca de um sexto dos ingleses entre 16 e 74 anos se sente incapaz de absorver todo o conhecimento com que esbarra no cotidiano. Isso provoca tal desconforto que muitos apresentam desordens neurológicas. O problema é mais sério entre os jovens e as mulheres. Quem foi diagnosticado com a síndrome do excesso de informação tem dificuldade até para adormecer.
O sono não vem, espantado por uma atitude de alerta anormal da pessoa que sofre. Ela simplesmente não quer dormir para não perder tempo e continuar consumindo informações.
Os médicos ingleses descobriram que as pessoas com quadro agudo dessa síndrome são assoladas por um sentimento constante de obsolescência, a sensação de que estão se tornando inúteis, imprestáveis, ultrapassadas. A maioria não expressa sintomas tão sérios. O que as persegue é uma sensação de desconforto – o que já é bastante ruim.
O ambulatório de ansiedade da USP ainda não pesquisa a ansiedade de informação especificamente. Mas tem atendido um número crescente de ansiosos que mencionam como causa de suas apreensões a incapacidade de absorver informações ao ritmo que consideram ideal. “Ler e aprender sempre foi tido como algo bom, algo que devíamos fazer cada vez mais. Não sabíamos que haveria um limite para isso. Está acontecendo com a informação o mesmo que já acontece com o hábito alimentar. Em vez de ficarmos bem nutridos, estamos ficando obesos de informação”, diz Anna Verônica Mautner, psicanalista em São Paulo.
(Cristina Baptista. Veja. São Paulo: Abril, set. 2001, Fragmento.)
O texto fala na sensação que algumas pessoas têm de que estão se tornando inúteis, imprestáveis. Nessas palavras sublinhadas aparece um prefixo que tem o mesmo sentido daqueles que constam nas palavras:
A
injetável, irrelevante.
B
inflamável, inflexível.
C
imoral, imerso.
D
inalar, irromper.
E
irreal, inapto.
Soluções para a tarefa
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Letra E
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O prefixo é o "i" que tem sentido de negacao
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22
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Letra E
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Fiz a trilha e acertei
pedrojjkk:
cagão
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