UERJ - adaptado) Células adultas removidas de tecidos normais de uma pessoa podem ser infectadas com certos tipos de retrovírus ou com adenovírus geneticamente modificados, a fim de produzir as denominadas células-tronco induzidas. Essa manipulação é feita com a introdução, no genoma viral, de cerca de quatro genes retirados de células embrionárias humanas, tornando a célula adulta indiferenciada. O uso terapêutico de células-tronco induzidas, no entanto, ainda sofre restrições. Observe a tabela a seguir: CONSEQUÊNCIAS DO USO DE CÉLULAS-TRONCO EM GERAL 1. Regeneração de qualquer tecido 2. Regeneração de poucos tecidos 3. Indução impossível de outras doenças 4. Indução possível de outras doenças 5. Compatibilidade imunológica 6. Rejeição imunológica Células-tronco induzidas originárias de um paciente, se usadas nele próprio, apresentariam as consequências identificadas pelos números:
Soluções para a tarefa
Resposta:
1, 4 e 5.
Explicação:
Células-tronco são células indiferenciadas, capazes de se diferenciar em células de tecidos específicos do
organismo. Algumas células-tronco, chamadas totipotentes, podendo originar todas as células do indivíduo, e são
encontradas no embrião até a fase de mórula; outras células-tronco, chamadas pluripotentes, podem originar todas
as células do indivíduo adulto, mas não as membranas extraembrionárias como a placenta, e são encontradas no
embrioblasto da blástula do embrião. Células-tronco obtidas no embrião até a blástula são chamadas células-tronco
embrionárias. Quaisquer células-tronco obtidas após o nascimento podem ser caracterizadas como células-tronco
adultas ou maduras, que não são toti/pluripotentes. São exemplos desse caso as células-tronco obtidas de placenta,
de cordão umbilical e de medula óssea (hematopoiéticas), podendo se diferenciar apenas em células sanguíneas. O
fato dos embriões cujas células-tronco embrionárias são retiradas morrerem e serem descartados gera
questionamentos éticos e religiosos sérios, com forte oposição de grupos de relacionados a movimentos contra a
prática de aborto. Daí, atualmente, a desdiferenciação de células adultas para a produção de células-tronco
pluripotentes (totipotentes) induzidas, chamadas iPS, é uma alternativa mais ética à obtenção de células-tronco
embrionárias. Desse modo, o uso de técnicas de engenharia genética pode alterar a distribuição de áreas de
eucromatina e heterocromatina para converter uma célula adulta plenamente diferenciada numa iPS. Células-tronco
obtidas no mesmo indivíduo que irá recebê-las (autólogas ou autotransplantadas) apresentam o mesmo material
genético que as demais células do próprio indivíduo, não apresentando, consequentemente, risco de rejeição por
parte do sistema imune. Assim, células-tronco induzidas originárias de um paciente, se usadas nele próprio,
apresentariam as consequências identificadas pelos números 1 (regeneração de qualquer tecido, por serem
toti/pluripotentes), 4 (indução possível de outras doenças, pela possibilidade do surgimento de cânceres) e 5
(compatibilidade imunológica, sem risco de rejeição)