(Uema-2016) – Cadeia
Estava tão cansado, tão machucado, que ia quase adormecendo no meio daquela desgraça. Havia ali um bêbedo tresvariando em voz alta [...]. Discutiam, queixava-se da lenha molhada. Fabiano cochilava, a cabeça pesada inclinava-se para o peito e levantava-se. [...] Acordou sobressaltado. Pois não estava misturando as pessoas, desatinando? Talvez fosse efeito da cachaça. Não era: tinha bebido um copo. [...]
Ouviu o falatório do bêbedo e caiu numa indecisão dolorosa. Ele também dizia palavras sem sentido, conversava à toa. Mas irou-se com a comparação, deu marradas na parede. Era bruto, sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. Estava preso por isso? Como era? Então mete-se um homem na cadeia porque ele não sabe falar direito? Que mal fazia a brutalidade dele? Vivia trabalhando como um escravo. [...] RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. (Adaptado) 127 ed. Rio de Janeiro: Record, 2015.
A leitura do segundo parágrafo permite depreender a imagem que Fabiano tem de si mesmo e a sua reação ao domínio a que se submete, por meio do discurso indireto livre. Esse discurso é efetivado pela
A- reprodução dos estados mentais, dos gestos ou dos pensamentos da própria personagem.
B- narração, por nexo de subordinação sintática, com verbos de ação adequados.
C- interlocução evidenciada entre duas personagens, com pontuação pertinente.
D- voz de um narrador intruso, que faz reflexões ou comentários.
E- primeira pessoa, com o recurso do narrador-personagem.
Soluções para a tarefa
Respondido por
5
Resposta:
letra a
Explicação:
luams123:
crtz?
Perguntas interessantes
Artes,
6 meses atrás
Português,
6 meses atrás
Biologia,
6 meses atrás
Matemática,
8 meses atrás
Física,
11 meses atrás
Administração,
11 meses atrás
Matemática,
11 meses atrás