(UEL-PR) Leia o texto a seguir. Na verdade, os sentidos, por si mesmos, são algo débil e enganador; nem mesmo os instrumentos destinados a ampliá-los e aguçá-los são de grande valia. E toda verdadeira interpretação da natureza se cumpre com instâncias e experimentos oportunos e adequados, onde os sentidos julgam somente o experimento e o experimento julga a natureza e a própria coisa
Soluções para a tarefa
Resposta:
Francis Bacon objetiva, ao pensar a ciência, construir um novo edifício para o conhecimento. E como tal, a instauração
de uma nova compreensão de ciência demanda o enfrentamento do pensamento grego ainda vigente. Aristóteles,
dominante à época, é o filósofo a ser combatido. Bacon busca aproximar-se das novas leituras que se faziam no seu
tempo, a exemplo de Galileu, que tinham entendido a necessidade de sedimentar novos pilares para a compreensão
do conhecimento. As categorias aristotélicas não explicavam nem satisfaziam a busca pelo conhecimento. A ênfase
no debate retórico não levava ao cerne das questões da ciência e relegava para segundo plano o contato real com
a natureza. O mesmo problema acometia a escolástica. E, assim, o debate filosófico acabava se perdendo em
intermináveis controvérsias sem resultados efetivos.
É neste contexto que podemos entender a importância da experiência, que é de onde parte a ciência. Temos aqui
um problema de método. A experiência adquire importância central na construção da ciência, que tem como propósito
o domínio da natureza. E, para se atingir tal propósito, faz-se necessário conhecê-la, obedecê-la e dominá-la para
que possamos avançar no conhecimento. E o método para tal propósito não é mais o aristotélico, mas a indução. O
novo método de investigação até utiliza os sentidos como ponto inicial, mas avança com o auxilio de “instrumentos” e
“experimentos” para chegar a uma nova ciência.
Explicação: