(UEL, 2008) Segundo Braverman: "O mais antigo princípio inovador do modo capitalista de produção foi a divisão manufatureira do trabalho [...] A divisão do trabalho na indústria capitalista não é de modo algum idêntica ao fenômeno da distribuição de tarefas, ofícios ou especialidades da produção [...]" (BRAVERMAN, H. Trabalho e capital monopolista. Tradução Nathanael C. Caixeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. p. 70)
Soluções para a tarefa
Eis o restante da questão:
"O que difere a divisão do trabalho na indústria capitalista das formas de distribuição anteriores do trabalho? "
As alternativas são:
a) A formação de associações de ofício que criaram o trabalho assalariado e a padronização de processos industriais.
b) A realização de atividades produtivas sob a forma de unidades de famílias e mestres, o que aumenta a produtividade do trabalho e a independência individual de cada trabalhador.
c) O exercício de atividades produtivas por meio da divisão do trabalho por idade e gênero, o que leva à exclusão das mulheres do mercado de trabalho.
d) O controle do ritmo e da distribuição da produção pelo trabalhador, o que resulta em mais riqueza para essa parcela da sociedade.
e) A subdivisão do trabalho de cada especialidade produtiva em operações limitadas, o que conduz ao aumento da produtividade e à alienação do trabalhador.
A é falsa, já que esta característica estava presente, por exemplo, nas corporações de ofício da Idade Moderna, que garantiam a padronização dos processos produtivos.
B é falsa, sendo esta uma característica das Manufaturas Domésticas, e não da Industrialização.
C é falsa, já que a divisão por idade e gênero remonta ainda aos períodos pré-estatais.
D é falsa, já que o ritmo era controlado não pelo trabalhador, mas pelos administradores, e o lucro ficava, na maior parte, com os donos dos meios de produção, e não com os trabalhadores.
E é verdadeira, de modo que no período surgiu a superespecialização: antes havia divisão das tarefas, mas era feita por "blocos" ou "etapas" da produção, enquanto que na industrialização passou a ser feita por "passos", de modo que, em alguns casos, cabia ao trabalhador realizar um passo entre dezenas de outros, de modo que ele não mais se via identificado naquilo que produzia (ou seja, era alienado do processo produtivo)
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