(UCB - adaptada) O poema a seguir, de Manuel Bandeira, apresenta algumas das reivindicações básicas do Modernismo brasileiro. Leia-o com atenção.PoéticaEstou farto do lirismo comedidoDo lirismo bem comportadoDo lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de [apreço ao sr. diretor.Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.Abaixo os puristasTodas as palavras sobretudo os barbarismos universaisTodas as construções sobretudo as sintaxes de exceçãoTodos os ritmos sobretudo os inumeráveisEstou farto do lirismo namoradorPolíticoRaquíticoSifilíticoDe todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.De resto não é lirismo.Será contabilidade tabela de cossenos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres etc.Quero antes o lirismo dos loucosO lirismo dos bêbadosO lirismo difícil e pungente dos bêbadosO lirismo dos clowns de Shakespeare— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.Com base no poema e nas características do Modernismo brasileiro, analise estas afirmativas e assinale cada uma com V (verdadeira) ou F (falsa).( ) Nesse texto, Manuel Bandeira opõe-se à perfeição formal do Parnasianismo, ao purismo que freia a liberdade criadora do artista e o afasta de sua inspiração, para preocupar-se com aspectos alheios ao poema.( ) O poema é expressamente uma reivindicação de uma linguagem preciosa, elegante e rara para a arte literária.( ) Com relação ao Modernismo brasileiro, pode-se afirmar que, passados o entusiasmo e o dinamismo, de que dão mostras os versos de Manuel Bandeira, a nossa literatura acomodou-se a um lirismo comedido, metrificado, de rimas raras.( ) Nestes versos “Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo”, Manuel Bandeira opõe-se ao purismo parnasiano, que não admitia o uso de estrangeirismos e de vulgarismos.( ) Os versos “Quero antes o lirismo dos loucos / O lirismo dos bêbados / o lirismo difícil e pungente dos bêbados / O lirismo dos clowns de Shakespeare / Não quero mais saber do lirismo que não é libertação” apresentam relações com as propostas do Surrealismo, pois exaltam o lirismo nascido do inconsciente.A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, éEscolha uma:a. F – V – F – F – V.b. V – V – V – V – F.c. V – F – F – V – V.d. F – F – F – F – V.e. V – F – F – V – F.
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gabriellasantoz:
a resposta é "c" V-F-F-V-V
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