Tudo sobre Gregório de Matos
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Gregório de MatosAdvogadoGregório de Matos Guerra, alcunhado de Boca do Inferno ou Boca de Brasa, foi um advogado e poeta do Brasil colônia. WikipédiaNascimento: 23 de dezembro de 1636, Salvador, BahiaFalecimento: 26 de novembro de 1696, Recife, PernambucoFormação: Universidade de CoimbraCônjuge: Michaella de Andrade, (de 1661 a 1678)Nacionalidade: Brasileiro, Português
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Gregório de Matos (1636-1695) foi o maior poeta do barroco brasileiro. Desenvolveu uma poesia lírica e religiosa, mas se destacou por sua poesia satírica, constituindo uma critica à sociedade da época, recebendo o apelido de "Boca do Inferno".
Gregório de Matos nasceu em Salvador, Bahia, no dia 23 de dezembro de 1636. Filho de pai português e mãe brasileira foi aluno do Colégio da Companhia de Jesus e com 14 anos foi para a Universidade de Coimbra, onde estudou Direito. Em 1663 já estava formado e casado. Viveu em Portugal até 1681. Foi delegado de polícia de um dos arrabaldes de Lisboa e juiz em Alcácer do Sal, no Alentejo. Nessa época escreveu seus primeiros poemas satíricos. Gregório de Matos voltou para Salvador como procurador da cidade, junto à Corte portuguesa. Ficou viúvo e casou-se novamente. Levava uma vida boêmia e escrevia versos e sátiras gozando de todos, recebendo o apedido de “Boca do inferno”. Embora não fosse padre, o arcebispo D. Gaspar fez dele vigário geral da Bahia e tesoureiro-mor da Sé. Uma forma de dar maior compostura ao bacharel Gregório. Sua língua virulenta a ninguém poupava. Criou terríveis inimigos.
Em 1694, por suas críticas às autoridades da Bahia, acabou sendo deportado para Angola, de onde voltou em 1695, mas não para a Bahia. Vai viver no Recife, Pernambuco, onde continua sua vida, embora proibido de fazer versos, tal era o temor de suas sátiras ferinas. Faleceu arrependido e reconciliado com a igreja. Na hora da morte compôs um pequeno soneto: “Essa razão me obriga a confiar, / Que por mais que pequei, neste conflito, / Espero em vosso amor de me salvar.”
Gregório de Matos deixou uma obra poética vasta, mas não teve nenhum livro publicado em vida. A totalidade de sua obra se manteve inédita, até quando Afrânio Peixoto a reuniu em VI volumes, publicados no Rio de Janeiro pela Academia Brasileira de Letras, entre 1923 e 1933, sob o título de "Obras de Gregório de Matos".
Sua produção poética se constitui em poemas sacros, líricos e satíricos. No poema sacro, Gregório se ajoelha diante de Deus, com um forte sentido de culpa, como no “Soneto a Nosso Senhor”: “Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, / Da vossa alta clemência me despido, / Porque quanto mais tenho delinquido / Vos tem a perdoar mais empenhado”.
No poema lírico, o poeta se define pelo erotismo, como no poema dedicado a sua esposa “Maria dos Povos”: “Discreta e formosíssima Maria, / Enquanto estamos vendo a qualquer hora, / Em tuas faces a rosada Aurora, / Em teus olhos e boca, o Sol e o dia”.
Gregório produziu uma poesia satírica de feroz maldade à vida colonial, em tom de revolta e ressentimento: “Senhora Dona Bahia, / nobre e opulenta cidade, / madrasta dos naturais, / e dos estrangeiros, madre”. / “Dizei-me por vida vossa / em que fundais o ditame / de exaltar os que aqui vêm, e abater os que aqui nascem?”.
Gregório de Matos Guerra faleceu no Recife, Pernambuco, no dia 26 de novembro de 1695
Gregório de Matos nasceu em Salvador, Bahia, no dia 23 de dezembro de 1636. Filho de pai português e mãe brasileira foi aluno do Colégio da Companhia de Jesus e com 14 anos foi para a Universidade de Coimbra, onde estudou Direito. Em 1663 já estava formado e casado. Viveu em Portugal até 1681. Foi delegado de polícia de um dos arrabaldes de Lisboa e juiz em Alcácer do Sal, no Alentejo. Nessa época escreveu seus primeiros poemas satíricos. Gregório de Matos voltou para Salvador como procurador da cidade, junto à Corte portuguesa. Ficou viúvo e casou-se novamente. Levava uma vida boêmia e escrevia versos e sátiras gozando de todos, recebendo o apedido de “Boca do inferno”. Embora não fosse padre, o arcebispo D. Gaspar fez dele vigário geral da Bahia e tesoureiro-mor da Sé. Uma forma de dar maior compostura ao bacharel Gregório. Sua língua virulenta a ninguém poupava. Criou terríveis inimigos.
Em 1694, por suas críticas às autoridades da Bahia, acabou sendo deportado para Angola, de onde voltou em 1695, mas não para a Bahia. Vai viver no Recife, Pernambuco, onde continua sua vida, embora proibido de fazer versos, tal era o temor de suas sátiras ferinas. Faleceu arrependido e reconciliado com a igreja. Na hora da morte compôs um pequeno soneto: “Essa razão me obriga a confiar, / Que por mais que pequei, neste conflito, / Espero em vosso amor de me salvar.”
Gregório de Matos deixou uma obra poética vasta, mas não teve nenhum livro publicado em vida. A totalidade de sua obra se manteve inédita, até quando Afrânio Peixoto a reuniu em VI volumes, publicados no Rio de Janeiro pela Academia Brasileira de Letras, entre 1923 e 1933, sob o título de "Obras de Gregório de Matos".
Sua produção poética se constitui em poemas sacros, líricos e satíricos. No poema sacro, Gregório se ajoelha diante de Deus, com um forte sentido de culpa, como no “Soneto a Nosso Senhor”: “Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, / Da vossa alta clemência me despido, / Porque quanto mais tenho delinquido / Vos tem a perdoar mais empenhado”.
No poema lírico, o poeta se define pelo erotismo, como no poema dedicado a sua esposa “Maria dos Povos”: “Discreta e formosíssima Maria, / Enquanto estamos vendo a qualquer hora, / Em tuas faces a rosada Aurora, / Em teus olhos e boca, o Sol e o dia”.
Gregório produziu uma poesia satírica de feroz maldade à vida colonial, em tom de revolta e ressentimento: “Senhora Dona Bahia, / nobre e opulenta cidade, / madrasta dos naturais, / e dos estrangeiros, madre”. / “Dizei-me por vida vossa / em que fundais o ditame / de exaltar os que aqui vêm, e abater os que aqui nascem?”.
Gregório de Matos Guerra faleceu no Recife, Pernambuco, no dia 26 de novembro de 1695
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