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Resposta:
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade comum, geralmente progressiva e debilitante, caracterizada por sinais e sintomas respiratórios associados à limitação da capacidade ventilatória, sendo geralmente causada por exposição inalatória crônica a material particulado, principalmente decorrente de tabagismo(1,2). A diminuição do volume pulmonar promove diminuição da pressão subglótica e compromete a coaptação glótica da laringe, durante a fonação. A condição respiratória modifica a fonação, embora essa relação ainda não tenha sido demonstrada experimentalmente(3).
O diagnóstico da DPOC é confirmado pela espirometria, com obtenção da curva expiratória volume-tempo, de preferência em fase estável da doença. A espirometria permite a avaliação de uma multiplicidade de parâmetros, porém os mais importantes, do ponto de vista de aplicação clínica, são o VEF1 (volume expiratório forçado no primeiro segundo), a CVF (capacidade vital forçada) e a relação VEF1/CVF, pois mostram menor variabilidade inter e intraindividual. A existência de limitação do fluxo aéreo é definida pela presença da relação VEF1/CVF, abaixo de 0,70(1,4).
Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a prevalência de DPOC no Brasil é de 15,8% em adultos acima de 40 anos(1). O sintoma mais frequente é a tosse, que pode ser diária ou intermitente e pode preceder a dispneia, ou aparecer simultaneamente a ela. A capacidade ventilatória reduzida, a fraqueza dos músculos intercostais e abdominais, juntamente com a presença da dispneia são os fatores responsáveis pela limitação das atividades cotidianas dos indivíduos com DPOC(5). O aumento da carga de trabalho dos músculos respiratórios, do consumo de oxigênio e o maior gasto energético ocorrem na tentativa de superar a obstrução do fluxo livre do ar, principalmente durante a expiração(6), o que pode favorecer a incoordenação da respiração, da fonação e do desempenho da comunicação oral do indivíduo.
A comunicação oral é o meio pelo qual o indivíduo relata experiências, ideias, conhecimentos e sentimentos e o indivíduo portador de DPOC poderá ter dificuldade em se comunicar, pois tarefas fonatórias impõe exigências respiratórias consideráveis para o desempenho da fala, tanto em termos de fluxo expiratório como em termos de excursões de expiração do volume pulmonar(7).
Apesar do entendimento que a fonação pode ser alterada por doença pulmonar, não há evidências científicas de medidas objetivas e tampouco de realização de provas fonatórias na avaliação clínica de rotina de pacientes com DPOC(8).
O parâmetro de avaliação clínica para análise dos componentes fonatórios e respiratórios do mecanismo de produção da voz e da fala é o tempo máximo de fonação (TMF)(9,10). Outro teste que permite avaliar a habilidade do indivíduo em controlar as forças aerodinâmicas da corrente pulmonar e as forças mioelásticas da laringe é a emissão sustentada dos fonemas fricativo surdo "s" e sonoro "z"(11).
O conhecimento da condição fonatória nos indivíduos portadores de DPOC poderá favorecer o melhor desempenho da comunicação oral. Embora a fonação e, por sua vez, a produção da fala, possam ser alteradas por doença pulmonar, não foram observadas referências na literatura especializada(7,8). Diante disso, o objetivo deste estudo foi correlacionar a medida do tempo máximo de fonação (TMF) com o volume de ar pulmonar expirado no primeiro segundo do sopro (VEF1) e comparar o TMF, emissão do "s", "z" e relação s/z em indivíduos saudáveis e indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Explicação:
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