Tudo sobre as plantas que vieram de africa e america, e o impacto delas na alimentação europeia no seculo XI e XII
Soluções para a tarefa
História da imigração das plantas pelos continentes
E Como isso ajudou na padronização da alimentação no mundo.
Das caravanas da Antiguidade às caravelas dos descobridores, o entra-e-sai de plantas pelos cinco continentes atravessou milênios e revolucinou a alimentação mundial. O intenso trânsito botânico acabou padronizando a dieta. Hoje, a humanidade come, basicamente, o produto de vinte espécies vegetais e apenas três delas trigo,arroz e milho fornecem metade da comida de todo o planeta.Até o século XV, a Europa passava praticamente a pão e água e a base alimentar era o trigo. Além de ouro e prata, os descobridores europeus procuravam encontrar novas terras para expandir o cultivo do cereal. O trigo era tão importante que os portugueses pensaram em desistir de colonizar a Ilha dos Açores porque achavam que a região não era boa para ele. Buscavam, também, outras fontes de especiarias, os condimentos como pimenta, noz-moscada e cravo, supervalorizados porque eliminavam o mau cheiro e o gosto ruim das carnes, de difícil conservação e fácil decomposição, na época. O que os descobridores provavelmente não previram é que iriam voltar da América com as caravelas tão cheias de novos alimentos como milho, mandioca, feijão e tomate que revolucionariam os hábitos da humanidade.Algumas plantas também migraram da Europa para o Novo Mundo. Como os viajantes da Era dos Descobrimentos não sabiam se encontrariam alimento na América e na África, enchiam os porões dos navios com sementes e mudas para cultivar. “Foi assim que chegaram ao continente americano o trigo, o café, a cana-de-açúcar, o arroz, a banana e a laranja”, afirma o agrônomo Antônio L. Gonçalves, do Jardim Botânico de São Paulo.Depois de séculos de intercâmbio, hoje quase todo mundo come a mesma coisa. Segundo o biólogo Edward Wilson, da Universidade de Harvard,apenas vinte espécies de plantas fornecem 90% do alimento mundial, e só três delas trigo, milho e arroz são responsáveis pela metade. Essa padronização aconteceu porque algumas espécies rendem mais, graças à habilidade que o homem desenvolveu para alterar geneticamente uma planta. Ao longo do tempo, aprendeu-se que é possível cruzar variedades diferentes e reunir, em uma mesma planta, as características mais produtivas de muitas delas, como rentabilidade e resistência ao frio, ao calor e às pragas.Mas se o cultivo de plantas melhoradas geneticamente pode acabar com a fome no mundo, também pode provocá-la. Quanto mais se globaliza o cultivo de apenas um tipo rentável, elimina-se a variedade que permite melhorá-la. Além disso, grandes monoculturas são mais vulneráveis a fungos, pragas ou mudanças climáticas.